Prefeitos de Mato Grosso defendem unificação de mandatos eletivos

Prefeitos de diversas regiões de Mato Grosso se reuniram em videoconferência, nesta terça-feira (02), para discutir a unificação das eleições municipais. A reunião, conduzida pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, contou com a participação dos senadores Wellington Fagundes e Carlos Fávaro, além dos deputados federais Nelson Barbudo, Leonardo Albuquerque, Rosa Neide e o coordenador da bancada, Neri Geller.
Proposta de Emenda Constitucional 19/2020
Neurilan Fraga abriu a reunião pedindo o apoio da bancada para a Proposta de Emenda Constitucional 19/2020, de autoria do senador Wellington Fagundes, que propõe a coincidência dos mandatos eletivos e a realização de uma Eleição Geral em 2022. “Defendemos a unificação das eleições devido à pandemia da Covid-19, ao impacto financeiro nos cofres públicos e ao alinhamento do planejamento orçamentário”, destacou Fraga.
Apoio ao adiamento das eleições
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, também participou e explicou os motivos que levaram o movimento municipalista a defender o adiamento das eleições municipais. Aroldi apontou os desafios enfrentados pelos municípios, como os gastos com o processo eleitoral em meio à crise econômica gerada pela pandemia.
Defesa da PEC 19/2020
O senador Wellington Fagundes reforçou a importância da PEC 19/2020, que prevê a unificação das eleições. “A pandemia inviabilizou o cumprimento dos prazos eleitorais, colocando em risco eleitores, candidatos e a população. O custo das eleições é alto, cerca de R$ 6 bilhões, o que torna inviável o pleito neste momento de crise”, afirmou o senador.
Parlamentares se alinham à proposta
Os parlamentares presentes também se posicionaram a favor da proposta, destacando a necessidade de unificação das eleições para garantir a segurança da população e reduzir os custos. O coordenador da bancada federal, Neri Geller, alertou os prefeitos para a necessidade de cautela, lembrando que ainda não há definição sobre a unificação das eleições e sugeriu mais videoconferências para tratar de outros assuntos importantes para os municípios.
Preocupações dos prefeitos e desafios municipais
Durante a reunião, prefeitos de diversas cidades expressaram apoio à unificação das eleições. O prefeito de Marcelândia, Arnóbio Vieira de Andrade, enfatizou a importância de preservar vidas e sugeriu que os prefeitos intensifiquem o trabalho junto à CNM para garantir o adiamento das eleições.
O prefeito de Feliz Natal, Rafael Pavei, questionou como seria possível realizar as eleições durante a pandemia e defendeu a ampliação dos mandatos para seis anos. Ele também solicitou o pagamento de emendas parlamentares, ressaltando a queda nas receitas do município.
Em Diamantino, o prefeito Eduardo Capistrano ressaltou a necessidade de estabilizar os casos de Covid-19 antes de realizar as eleições. Outros prefeitos, como Luzia Brandão de Ribeirão Cascalheira e Sidnei Custódio de Curvelândia, destacaram os prejuízos causados pela indefinição sobre a data das eleições e sugeriram que a eleição fosse adiada para 2022.
Apoio à unificação dos mandatos
Prefeitos de municípios como Colíder, Tangará da Serra e Poxoréu também expressaram sua preocupação com a saúde da população e a viabilidade das eleições este ano. O prefeito de Araguainha, Silvio José de Moraes Filho, afirmou que realizar as eleições em outubro seria irresponsável e defendeu a unificação das eleições, caso não fosse possível adiá-las.
A prefeita Maria Lúcia de Oliveira Porto, de Conquista D’Oeste, finalizou destacando que, para ela, a principal preocupação é com a população, e não com o poder político. “Sou favorável à unificação dos mandatos, conforme preconiza a PEC do senador Wellington Fagundes”, concluiu.
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