Operação Quéfren: Polícia Civil cumpre mandados contra influenciadores e agentes de cassinos digitais

Operação Quéfren: Polícia Civil cumpre mandados contra influenciadores e agentes de cassinos digitais

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, participou nesta terça-feira (2) da Operação Quéfren, que foi deflagrada simultaneamente nos estados do Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará. A operação visa prender e apreender bens de suspeitos envolvidos em plataformas de jogos ilegais e influenciadores digitais que promovem apostas não autorizadas no Brasil.

Em Mato Grosso, a operação cumpriu cinco mandados: um de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. A prisão preventiva foi cumprida em Várzea Grande, e uma das suspeitas está foragida. A operação, coordenada pela Polícia Civil do Ceará, busca cumprir cerca de 70 mandados no Brasil, incluindo prisões e apreensões.

A ação inclui mandados de prisão, busca e apreensão de materiais, bloqueio de bens e valores, além de outras medidas cautelares. As ordens judiciais atingem pessoas nas cidades de Juazeiro do Norte, Fortaleza, Itaitinga e Eusébio (CE), São Paulo, Embú das Artes e Santana de Parnaíba (SP), Cuiabá e Várzea Grande (MT) e Marabá (PA).

Investigações sobre jogos ilegais

A investigação, iniciada em abril de 2024, revelou que os investigados eram responsáveis por promover cassinos online através de influenciadores digitais, contratados para divulgar plataformas de apostas ilegais em suas redes sociais. Esses influenciadores, com milhares de seguidores, postavam vídeos e imagens de ganhos fictícios em plataformas de cassino online, com o objetivo de atrair novos apostadores.

A operação apura crimes como lavagem de dinheiro, estelionato e a formação de uma organização criminosa transnacional. As investigações indicam que os influenciadores eram pagos de diferentes formas: por simples postagens, pelo número de novos usuários cadastrados ou por comissões sobre apostas feitas pelas vítimas, movimentando milhões de reais nos últimos anos.

Além disso, os envolvidos usavam contas de "demo/teste" para enganar os seguidores e promoviam viagens internacionais, custeadas pelos donos das plataformas, como uma demonstração de sucesso obtido com o jogo. Esses influenciadores também ajudavam na divulgação de plataformas de cassino por meio de festas e eventos de lançamento.