Ministério dos Transportes Recebe Licença Ambiental para Pavimentação da BR-158/MT

Ministério dos Transportes Recebe Licença Ambiental para Pavimentação da BR-158/MT

O Ministério dos Transportes recebeu a licença ambiental para a pavimentação de 86 quilômetros da BR-158/MT, um projeto fundamental para a resolução de um gargalo logístico que tem prejudicado o escoamento de grãos em Mato Grosso há anos. A licença foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em parceria com a Infra SA. Essa autorização permite que o projeto avance para uma solução definitiva após anos de disputas.

A Pavimentação e seus Benefícios

A pavimentação da BR-158/MT, considerada um corredor logístico crucial para o escoamento da produção do estado, irá contornar a Terra Indígena Maraiwatsede. O projeto foi desenvolvido para evitar o cruzamento com a reserva da etnia Xavante, substituindo a antiga estrada que atravessava a área indígena e impactava a região ambiental. O novo traçado prevê 195,42 quilômetros de pavimentação, divididos em dois lotes.

  • Lote A: Vai interligar os municípios de Porto Alegre do Norte a Alto Boa Vista. O DNIT já iniciou as obras em um trecho de 12 quilômetros, dos quais 2,5 quilômetros foram concluídos. Essa etapa abrange os municípios de Canabrava do Norte, São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista.

  • Lote B: Vai pavimentar 101,43 quilômetros, do município de Alto Boa Vista até o distrito de Alô Brasil, em Bom Jesus do Araguaia. Este segmento ainda está na fase de elaboração do projeto.

Condicionantes Ambientais

A licença ambiental emitida pelo IBAMA estabelece algumas condições para a execução das obras, incluindo a instalação de passagens de fauna, o acesso às populações ribeirinhas e a recuperação de áreas degradadas pela obra.

Impacto na Logística do Estado

Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do Brasil, e pela BR-158/MT escoam safras de soja, milho e algodão para diversos estados do país e para o exterior, especialmente através dos portos do Arco Norte, no Pará. A estrada ainda não está pavimentada, o que faz com que duas mil carretas trafeguem por dia, aumentando os custos operacionais e prejudicando a logística.

Além disso, a falta de pavimentação também impacta a segurança e o transporte dos moradores das cidades localizadas ao longo da rodovia, que enfrentarão desafios adicionais até a conclusão das obras.