O ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira afirmou nesta quarta-feira (30) que o Brasil se reserva o direito de responder às medidas adotadas pelos Estados Unidos.
A declaração é feita no dia em que o governo americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), e que Donald Trump oficializou a imposição de tarifa de 50% contra uma lista de produtos brasileiros.
“Nesse sentido, o governo brasileiro se reserva o direito de responder às medidas adotadas pelos Estados Unidos”, comentou o chanceler após encontro com Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA.
Ainda assim, Vieira pontuou que o Brasil está aberto continuar com as negociações comerciais, que foram paralisadas em 9 de julho, quando Trump anunciou a taxa de 50%.
Sem citar a aplicação da sanção contra Moraes, o ministro disse à imprensa que enfatizou ao governo americano “que é inaceitável e descabida a ingerência na soberania nacional no que diz respeito a decisões do poder judiciário do Brasil, inclusive a condução do processo judicial no qual é réu o ex-presidente Bolsonaro”.
“Afirmei [a Marco Rubio] que o Poder Judiciário é independente no Brasil tanto como aqui e não se curvará a pressões externas”, concluiu o chanceler.