O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou nesta quarta-feira (10), que o país está preparado para uma “guerra prolongada”.
“Nós estamos preparados faz tempo para qualquer guerra prolongada. Este povo está preparado. E para a surpresa de alguns lacaios, até setores opositores se juntaram à iniciativa de defender a pátria”, disse Cabello.
As declarações do número dois do chavismo acontecem em meio ao envio de pelo menos sete navios de guerra e um submarino de propulsão nuclear, com mais de 1.400 fuzileiros navais dos Estados Unidos, para as proximidades da costa venezuelana.
A administração de Donald Trump afirma que a militarização da região é parte de uma operação para combater o narcotráfico. A Casa Branca aponta, no entanto, Nicolás Maduro como chefe do Cartel de los Soles e anunciou uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão.
“Sabemos que isso não tem nada a ver com drogas, querem sair da Revolução Bolivariana, o que eles chamam de uma mudança de regime”, rebateu o ministro chavista sobre o envio das embarcações dos EUA para a região.
Nesta quinta-feira (11), Maduro anunciou que integrantes das Forças Armadas e de segurança serão mandados para 284 frentes de batalha do país. Segundo ele, os agentes precisarão proteger a costa venezuelana de ponta a ponta contra “invasores”.
Desde o envio de embarcações americanas para o sul do Caribe, Maduro convocou a população para se inscrever na Milícia Bolivariana, braço civil das Forças Armadas criado pelo ex-presidente Hugo Chávez para complementar o trabalho dos militares.
Segundo o chavismo, o país conta com mais de 8 milhões de inscritos e reservistas para defender o território. A cifra, no entanto, é questionada por especialistas.