Os gastos do varejo dos Estados Unidos aumentaram 0,6% em agosto, informou o Departamento de Comércio na terça-feira (16), sem alterações em relação aos 0,6% de julho, após revisão para cima.
Apesar dos medos persistentes sobre a economia dos EUA, desaceleração do mercado de trabalho e tarifas, o resultado superou as expectativas dos economistas de um aumento de 0,2%, segundo pesquisa da empresa de dados FactSet.
As vendas no varejo são ajustadas de acordo com as variações sazonais, mas não com a inflação.
Os empregadores frearam as contratações nos últimos meses, à medida que os americanos voltam a ficar pessimistas quanto ao futuro da economia. As tarifas do presidente Donald Trump também começaram a elevar alguns preços, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor.
No entanto, os consumidores americanos ainda não cortaram seus gastos significativamente e podem continuar gastando enquanto as demissões não aumentarem.
Os gastos no varejo aumentaram na maioria das categorias no mês passado, com as vendas on-line e as compras em lojas de roupas subindo mais, 2% e 1%, respectivamente.
O grupo de controle de vendas no varejo — medida que elimina componentes voláteis — subiu 0,74% em agosto, acima dos 0,5% de julho e bem acima das expectativas dos economistas de um aumento de 0,4%.
As vendas no mês passado caíram em lojas especializadas e varejistas de móveis, com queda de 1,1% e 0,3%, respectivamente. Os gastos em lojas de produtos naturais e lojas de departamento caíram 0,1% cada.
“A economia parece estar indo muito bem por enquanto, e talvez a desaceleração do mercado de trabalho assalariado seja uma grande farsa quando se trata de prever a economia”, escreveu Christopher Rupkey, economista-chefe da Fwd Bonds, em nota de analista na terça-feira.
“Os gastos do consumidor são resilientes. Os cortes nas taxas de juros não precisam ser ajustados, pois a economia está indo muito bem.”
Os gastos em restaurantes e bares aumentaram 0,7% em agosto em relação ao mês anterior, de acordo com o relatório.
*Em atualização