O governo brasileiro avança em sua estratégia para enfrentar as ameaças tarifárias de Donald Trump sobre produtos nacionais. Em pronunciamento recente, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), indicou que buscará diálogo não apenas com o setor privado brasileiro, mas também com empresas norte-americanas.
A decisão de incluir o empresariado americano nas negociações baseia-se na forte integração das cadeias produtivas entre os dois países, especialmente no setor siderúrgico. Alckmin destacou que o Brasil é o terceiro maior comprador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos, evidenciando a interdependência comercial entre as nações.
Impacto na cadeia produtiva
O processo produtivo integrado foi detalhado por Alckmin, que explicou como o Brasil adquire o carvão siderúrgico americano para produzir aço semi-acabado, que posteriormente é exportado de volta aos Estados Unidos. Lá, o material é transformado em produtos finais, como motores e automóveis.
A estratégia do governo brasileiro considera que possíveis tarifas afetariam não apenas as empresas brasileiras, mas também os negócios americanos. “É evidente que as empresas americanas também vão ser atingidas”, afirmou Alckmin, ressaltando a importância de um diálogo amplo com entidades do comércio de ambos os países.