O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (19) em sua conta no Truth Social, que sancionou o projeto de lei que orienta o Departamento de Justiça a divulgar publicamente todos os seus arquivos relacionados a Jeffrey Epstein.
Trump revelou a assinatura em uma longa publicação nas redes sociais, apresentando a divulgação dos arquivos como um esforço de transparência que ele impulsionou no Congresso e aproveitando o momento para criticar os democratas por suas associações passadas com Epstein.
“Acabei de assinar o projeto de lei para divulgar todos os arquivos de Epstein“, escreveu o líder republicano.
“Os democratas têm usado a questão “Epstein”, que os afeta muito mais do que o Partido Republicano, para tentar desviar a atenção de nossas INCRÍVEIS VITÓRIAS”, acrescentou ele.
A medida foi aprovada pela Câmara dos Representantes na terça-feira (18) por 427 votos a 1.
O Senado, então, concordou por unanimidade em considerar o projeto aprovado assim que o recebeu da Câmara, o que aconteceu na manhã desta quarta-feira.
Ainda não está imediatamente claro como o Departamento de Justiça divulgará os arquivos relacionados ou se as informações permanecerão vinculadas a investigações em andamento.
O presidente usou o restante da publicação para criticar o que chamou de anos de investigações com motivação política, ao mesmo tempo em que exaltava o que descreveu como as realizações de seu governo.
“Essa última farsa vai se voltar contra os democratas, assim como todas as outras! Obrigado pela atenção a este assunto. FAÇA A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!” concluiu ele.
O que são os “Arquivos de Epstein”
Durante as investigações e o processo sobre tráfico sexual contra Jeffrey Epstein e sua cúmplice e ex-namorada Ghislaine Maxwell, os procuradores federais reuniram milhões de documentos.
Os “Arquivos de Epstein” contêm mais de 300 gigabytes de dados, documentos, vídeos, fotografias e áudios armazenados no principal sistema eletrônico de gerenciamento de casos do FBI, a agência federal de investigações dos EUA, o “Sentinel”.
A maior parte dos registros viria da segunda investigação realizada pelo escritório do FBI em Nova York, incluindo memorandos sobre a apuração e possíveis alvos, locais a serem revistados, registros a serem solicitados por intimação e centenas de páginas de “formulários 302”, que são os documentos que os agentes do FBI usam para registrar o que testemunhas, vítimas e suspeitos disseram em entrevistas com os investigadores.
Um grande acervo de documentos já foi divulgado publicamente por meio da abertura de processos cíveis, do julgamento criminal de Maxwell e de reportagens.
Porém, diversas figuras da mídia têm sugerido há anos que o governo dos Estados Unidos está escondendo segredos relacionados a Jeffrey Epstein.
Muitas versões dessa teoria da conspiração afirmam que a Casa Branca está encobrindo uma lista de homens poderosos que também cometeram crimes hediondos.
Essas teorias se referem a uma suposta “lista de clientes” de Epstein, que teria o nome de diversas pessoas poderosas relacionadas ao financista.