“Trump é um péssimo cabo eleitoral”, diz Américo Martins

A tensão entre Brasil e Estados Unidos tem se intensificado após recentes declarações envolvendo Donald Trump e questões da política brasileira. Em meio a esse cenário, analistas avaliam o impacto dessas relações tanto no âmbito interno quanto externo.

O governo brasileiro adotou uma postura de confronto, especialmente através de um discurso que combina antitrumpismo e nacionalismo.

Esta estratégia, segundo especialistas, foi uma decisão articulada com o PT em resposta à baixa popularidade de Lula, visando fortalecer sua base de apoio.

Impacto nas relações diplomáticas

Diplomatas brasileiros expressam preocupação com o possível comprometimento do pragmatismo na política externa, já que o foco nas questões internas pode prejudicar as relações bilaterais.

Uma das consequências práticas dessa tensão é a ameaça de imposição de tarifas de até 50% sobre o aço brasileiro, um aumento significativo em relação à taxa atual de 2,7%.

Américo Martins, analista de Internacional da CNN, ressalta que Trump tem um histórico negativo como cabo eleitoral em outros países.

No Canadá, Mark Carney conseguiu uma vitória improvável após Trump atacar a soberania do país.

Na Austrália, o líder da oposição, que apoiava Trump, sequer conseguiu se eleger em seu distrito, resultando em uma vitória expressiva da centro-esquerda.

Quanto à possibilidade de separar política externa de política interna, Martins é categórico: “É impossível você dividir política externa da política”.

O analista argumenta que o Itamaraty mantém sua postura pragmática, mas não irá negociar questões que são de competência de instituições independentes do país.

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