O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (17) que estava designando o movimento antifascista de esquerda Antifa como uma organização terrorista.
Em uma publicação na Truth Social, Trump disse que o grupo era perigoso e radical.
“Tenho o prazer de informar aos nossos muitos Patriotas dos EUA que estou designando a ANTIFA, UM DESASTRE DOENTIO, PERIGOSO E RADICAL DA ESQUERDA, COMO UMA GRANDE ORGANIZAÇÃO TERRORISTA”, disse.
A ação acontece após o assassinato do ativista político de direita Charlie Kirk na última quarta-feira (10).
“Também recomendarei fortemente que aqueles que financiam a ANTIFA sejam investigados minuciosamente, de acordo com os mais altos padrões e práticas legais”, escreveu Trump.
Não ficou claro qual o peso legal da proclamação de Trump.
A Antifa é um movimento ideológico pouco organizado, sem uma estrutura de liderança ou hierarquia clara, disseram especialistas.
O presidente americano e altos funcionários têm repetidamente culpado grupos de esquerda por criarem uma atmosfera de hostilidade em relação aos conservadores antes do assassinato de Charlie Kirk, ativista pró-trump morto na última quarta-feira (10) em Utah.
Após os promotores do caso revelarem acusações formais contra o suspeito do assassinato de Kirk, nenhuma evidência surgiu ligando Tyler Robinson, de 22 anos, a qualquer grupo externo. Também permanecem dúvidas sobre seus motivos precisos.
Críticos dizem que Trump está usando o assassinato de Kirk como pretexto para reprimir oponentes políticos.
Trump inicialmente lançou a ideia de tal designação para a Antifa em 2020, em meio a violentos protestos nacionais após o assassinato de George Floyd pela polícia em Minneapolis.
Na época, especialistas jurídicos disseram que tal medida não tinha base legal, seria difícil de executar e levantava preocupações sobre a liberdade de expressão, já que a adesão a uma ideologia geralmente não é considerada criminosa.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de mais detalhes.