Um terremoto de magnitude 4,2 na mina El Teniente, no Chile, o maior depósito subterrâneo de cobre do mundo, na quinta-feira (31), resultou em um colapso que matou um trabalhador e deixou pelo menos outros cinco desaparecidos, levando a mineradora estatal Codelco a reduzir as operações de extração de cobre.
Na sexta-feira (1º), funcionários da empresa e autoridades realizavam operações de resgate para cinco trabalhadores da mina que ainda estavam presos em um setor da mina.
Na tarde de sexta-feira, os trabalhadores estavam presos há quase um dia inteiro, sem contato com o mundo exterior.
“Gostaria também de me dirigir às famílias de cinco trabalhadores da empresa Gardilcic, atualmente presos na área Teniente 7, ao norte do local”, explicou Andrés Music, gerente geral da divisão El Teniente.
“Sabemos exatamente onde eles estão e estamos realizando operações de resgate para alcançá-los. Não tivemos contato com eles desde que o acesso à área está bloqueado devido ao evento sísmico”, acrescentou.
A ministra chilena da Mineração, Aurora Williams, disse que o governo ordenaria formalmente à Codelco que suspendesse todas as operações subterrâneas na mina, como parte do protocolo para acidentes graves.
O tremor, descrito como um dos maiores terremotos no local em décadas, interrompeu os esforços para resgatar pessoas presas devido ao bloqueio das vias de acesso.
A Codelco informou que nove trabalhadores adicionais sofreram ferimentos e que protocolos de emergência foram acionados para gerenciar a situação.
O presidente do sindicato da empreiteira Gardilcic, Carlos Chamorro, pediu uma investigação.
A empresa investiga se o ocorrido — que também deixou nove feridos — foi devido a causas naturais no país, propenso a terremotos, ou à atividade de mineração.
As famílias dos trabalhadores presos receberam garantias de que os esforços de resgate estão em andamento, embora a comunicação continue desafiadora.