Tan Maxxing: por que fugir da trend do bronzeado extremo?

Com a chegada do verão, é comum o desejo de conquistar aquele visual “dourado do sol”. No entanto, uma tendência recente nas redes sociais — o tan maxxing — tem preocupado especialistas.

A prática, que consiste em se bronzear ao máximo, deixando a pele quase queimar sob o sol, pode trazer sérias consequências à saúde da pele.

A dermatologista Fabiola Bordin, autora dos livros “Melasma sem Mistérios” e “Segredos da Proteção Solar”, faz um alerta sobre os riscos imediatos e a longo prazo dessa exposição exagerada.

“De imediato, os riscos mais comuns são manchas e queimaduras solares. Já a longo prazo, a exposição em excesso aumenta significativamente as chances de câncer de pele e acelera o fotoenvelhecimento, resultando em rugas, flacidez e atrofia da pele”, explica a médica.

Nos últimos anos, movimentos perigosos vêm ganhando espaço, como a falsa ideia de que o uso de protetor solar faz mal.

A Dra. Fabiola rebate esse mito: “Vimos modas perigosas surgirem, como a ideia de que o protetor solar causa câncer. Isso não tem fundamento algum. O protetor, na verdade, é essencial para prevenir doenças e preservar a saúde da pele”.

A tendência do tan maxxing não só acelera o envelhecimento precoce como também eleva de forma expressiva o risco de câncer de pele.

A dermatologista sugere um teste simples para entender esse impacto. “Basta comparar a pele dos braços de alguém que sempre tomou muito sol com a pele do abdômen, que quase não recebe radiação. A diferença no envelhecimento é clara. Não há dúvidas: sol em excesso faz mal.”

Para quem deseja manter o bronzeado sem colocar a saúde em risco, existem alternativas seguras — e eficazes. “Os autobronzeadores são ótimas opções. Eles conferem um tom bronzeado sem os riscos da radiação solar. Recomendo para meus pacientes e, inclusive, uso desde os 13 anos”, afirma a médica.

O papel das redes sociais nesse cenário também preocupa. A dermatologista acredita que o engajamento a qualquer custo tem feito práticas perigosas viralizarem, sem respaldo de profissionais sérios.

“As redes sociais, muitas vezes, viralizam conteúdos absurdos porque geram engajamento. Isso explica por que tantas modas sem sentido acabam ganhando espaço. O papel do médico é fundamental: precisamos alertar a população de que não existe benefício em se expor de forma extrema ao sol”, afirma.

Ela reforça que é possível aproveitar o verão e os momentos ao ar livre, desde que com responsabilidade e proteção. “Foi justamente por isso que escrevi meu livro Os Segredos da Proteção Solar. Reuni ali orientações seguras e baseadas em ciência.”

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