Entre os anos de 2023 e 2025, o estado de São Paulo investiu R$ 290 milhões no seguro rural, consolidando o maior aporte do país feito por um governo estadual em proteção ao campo, segundo dados do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista) adiantados com exclusividade ao CNN Money.
O valor investido nos últimos três anos é 56,8% maior que o dos três anos anteriores. No período, foram contratadas mais de 53 mil apólices por cerca de 40 mil produtores no estado.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo subsidia até 30% do prêmio do seguro, visando ampliar o acesso aos recursos de proteção das produções agrícolas. Segundo o levantamento, a cada R$ 1 investido pelo estado, são protegidos, em média, R$ 60 em valor de produção agrícola, pecuária ou florestal.
“O investimento assegura resposta rápida às perdas provocadas por eventos climáticos, amplia a cobertura das lavouras e reforça a capacidade de recuperação das propriedades, oferecendo segurança para que milhares de produtores mantenham a produção mesmo em cenários adversos”, afirma a Secretaria estadual em nota.
Além de São Paulo, o estado do Paraná também realiza aportes para o setor, com cerca de R$ 88,6 milhões investidos na subvenção de 47,1 mil apólices de seguro rural. Segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná, o programa recebeu investimento de R$ 10 milhões na safra 2024/25.
Já em Minas Gerais, o “Minas + Seguro” é o programa de apoio aos produtores por meio da subvenção. Porém, a iniciativa está sem destinação de aportes nos últimos anos.
Em meio a um cenário de mudanças climáticas que desafiam o agronegócio e colocam o debate sobre o seguro rural cada vez mais em evidência, o secretário executivo do Feap, Felipe Alves, reforça a necessidade de apoiar o acesso aos recursos.
“Ao reduzir o custo do seguro, o estado assegura que o produtor tenha condições de reagir às perdas, preservar sua renda e seguir produzindo. O seguro rural deixou de ser apenas uma proteção financeira e passou a ser uma ferramenta essencial de resiliência climática, segurança alimentar e de permanência das famílias no campo”, pontua.