O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo (20) que está confiante de que os EUA conseguirão fechar um acordo comercial com a União Europeia (UE).
“Estou confiante de que chegaremos a um acordo”, disse Lutnick em uma entrevista ao programa “Face the Nation”, da emissora CBS. Ele disse que havia acabado de falar com negociadores comerciais europeus pela manhã.
Na quarta-feira (16) o chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, vistou Washington para negociações sobre tarifas, disse um porta-voz da UE à Reuters, acrescentando que ele se reuniria com Lutnick, e com o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa de 30% sobre as importações da UE a partir de 1º de agosto, um nível que a Europa diz ser inaceitável e que acabaria com o comércio normal entre dois dos maiores mercados do mundo.
A Comissão Europeia, que supervisiona o comércio para a UE, preparou-se para aplicar possíveis tarifas sobre 72 bilhões de euros (US$ 83,63 bilhões) em produtos norte-americanos – de aeronaves Boeing e uísque bourbon a carros – se as negociações comerciais com Washington fracassarem.
A lista, enviada aos membros da UE e vista pela Reuters na terça-feira (15), antecedeu a decisão de Trump no fim de semana de aumentar a pressão sobre o bloco de 27 países e respondeu, em vez disso, às tarifas dos EUA sobre carros e peças de automóveis e a uma tarifa básica de 10%.
O pacote também abrange produtos químicos, dispositivos médicos, equipamentos elétricos e de precisão, bem como produtos agrícolas e alimentícios – uma série de frutas e vegetais, além de vinho, cerveja e destilados – avaliados em 6,35 bilhões de euros.
A implementação de Trump de suas políticas tarifárias derrubaram décadas de reduções negociadas nas barreiras comerciais globais, perturbando os mercados financeiros internacionais e ameaçando uma nova onda de inflação.
O prazo de 1º de agosto dá aos países tempo para negociar taxas tarifárias mais baixas. Alguns economistas também observaram o padrão de Trump de recuar em suas ameaças.
(Com informações de Doina Chiacu)