Marcos Leonardo não será o novo reforço do São Paulo nesta temporada. Após longas tratativas, o Al-Hilal informou que não liberará o atacante brasileiro, que permanecerá na Arábia Saudita.
O Tricolor Paulista participou de uma reunião com o estafe do jogador e o clube saudita nesta terça-feira (2), a fim de definir o futuro de Marcos Leonardo. Como apurou a CNN, o São Paulo vivia momento de otimismo.
A recusa aconteceu por conta dos valores apresentados pelo Al-Hilal, que estavam fora da realidade do clube brasileiro. Os sauditas queriam que o Tricolor Paulista arcasse com os salários de Marcos Leonardo.
O atacante escolheu o São Paulo e, assim como o clube brasileiro, fez o possível para viabilizar a negociação. A decisão estava nas mãos do Al-Hilal, que preferiu manter o jogador.
Marcos Leonardo não foi inscrito na Liga Saudita por questão burocrática, fato que reacendeu o interesse do São Paulo, mas apareceu na lista da Champions Asiática e está nos planos do técnico Simone Inzaghi.
Relembre carreira
Revelado nas categorias de base do Santos, onde chegou com apenas 11 anos, Marcos Leonardo estreou no profissional em agosto de 2020, aos 17. Mesmo com a pouca idade, se firmou como titular nas temporadas seguintes e acumulou 54 gols em 168 jogos.
No entanto, viveu o amargo rebaixamento do clube à Série B em 2023, temporada em que foi o artilheiro santista, com 21 gols no ano.
Em janeiro de 2024, após meses de especulações, o Santos negociou o atacante com o Benfica por 18 milhões de euros (cerca de R$ 96 milhões à época). O clube paulista manteve um percentual de mais-valia, além dos direitos do mecanismo de solidariedade da FIFA.
A passagem pelo Benfica durou apenas oito meses. Em setembro de 2024, o Al-Hilal investiu 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 214 milhões na cotação daquele mês) para contratá-lo, tornando Marcos Leonardo uma das maiores transferências da história do futebol português.
O Benfica, que lucrou cerca de 22 milhões de euros na operação (R$ 118 milhões), autorizou a saída após a proposta saudita superar os valores de mercado.
O Santos, por sua vez, embolsou aproximadamente 3,6 milhões de euros de mais-valia (R$ 19,3 milhões) e outros 1,4 milhão de euros de solidariedade (R$ 7,5 milhões), totalizando cerca de R$ 26,8 milhões — valor que representou alívio para os cofres do clube no início da reconstrução pós-rebaixamento.
No Al-Hilal, Marcos Leonardo viveu sua fase mais goleadora. Com enorme média de gols, surgindo bem e se tornando opção em meio a nomes consagrados da equipe, como Mitrović e Malcom.