A Rússia anunciou a inauguração de sua primeira escola para ensinar crianças a montar e pilotar drones, como parte de um esforço mais amplo da Rússia para militarizar as escolas em meio à guerra contra a Ucrânia.
A escola Dobro i Nebo – traduzida como “Bondade e Céu” – foi inaugurada na cidade de Krasnodar, no sul da Rússia, com o apoio de uma bolsa do governador da região de Krasnodar, informou o prefeito local.
“Aqui, os alunos aprenderão as habilidades básicas de montagem e pilotagem de drones e impressão em impressora 3D gratuitamente. O treinamento será realizado em aeronaves e simuladores reais”, disse o prefeito de Krasnodar, Evgeniy Naumov.
Naumov acrescentou que as crianças passarão por testes, incluindo de coordenação motora fina e aptidão para ciências técnicas.
Isso significa que “eles ganharão uma profissão real e relevante enquanto ainda estão na escola”, disse Naumov, acrescentando que seus treinadores incluirão instrutores experientes e integrantes do que ele chamou de “Operação Militar Especial” da Rússia – termo usado pela Rússia para sua invasão da Ucrânia em 2022.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.