Ricardo Rocha relembra “sufoco” no Cruzeiro pré-SAF: “Estaria na Série C”

O ex-zagueiro Ricardo Rocha relembrou os bastidores do Cruzeiro antes da chegada da SAF e afirmou que o clube viveu um “sufoco impressionante” durante o período.

Em entrevista ao CNN Esportes S/A deste domingo (9), o tetracampeão mundial destacou o trabalho de Ronaldo, Vanderlei Luxemburgo e Pedrinho, atual dono da SAF, como fundamentais para a reconstrução da equipe.

Ricardo Rocha elogiou a força tarefa e a união na tentativa de estabilizar o clube através da ajuda dos jogadores e do grupo.

Se não fosse toda essa união, o Cruzeiro estaria na Série C. E eu não sei se o Ronaldo pegaria na Série C, não.

Ricardo Rocha, tetracampeão

Sufoco impressionante

Ricardo lembrou o cenário difícil enfrentado pela comissão técnica e pelos atletas na época, com atrasos salariais e dificuldades estruturais.

“A gente pegou o time em 19º, jogadores quatro, cinco meses sem pagar, jogadores passando fome da base. Um sufoco impressionante. E o Vanderlei pegou. Se demora um pouco, a gente consegue classificação para a Série A, mas o sufoco era tanto… conseguiu colocar um pouco, pagar os jogadores e a casa, e descobrir jogadores também”, relatou.

O ex-defensor ressaltou o papel de Luxemburgo na revelação de jovens atletas que mais tarde se destacaram no futebol.

“Hoje, (Igor) Thiago, que tá na Inglaterra, foi o Vanderlei que lançou. O Roque, o menino Vitor Roque, foi lançado pelo Vanderlei com 16 anos, se eu não me engano, no jogo com o Botafogo. E outros mais que foram lançados pelo Vanderlei”, lembrou.

Ronaldo e a verdade

De acordo com Rocha, a postura de Ronaldo após adquirir o clube em 2018 também foi fundamental para a melhora.

“Ele (Ronaldo) foi ótimo no Cruzeiro. Ele tirou o Cruzeiro. É o seguinte: quando todo mundo pedia, eu não trabalhei com ele, e eu esperava até que ele fosse permanecer porque, antes dele, o Vanderlei pegou um pepino, pegou uma bronca que nem o Ronaldo queria”, contou.

O ex-jogador afirmou que Ronaldo assumiu o clube com o objetivo de organizar as finanças, mesmo sem grandes contratações no início.

“O Ronaldo pega na situação e diz: ‘Não, eu vou colocar a casa em ordem’. Foram três, quatro anos tentando colocar a casa em ordem. Pagamento em dia, mas sem fazer grandes contratações. E o torcedor quer contratação”, pontua.

Ainda assim, para Ricardo, a exigência por resultados no futebol brasileiro só tende a crescer.

Futebol é uma mentira. Futebol só tem uma verdade: vitória. Hoje, no Brasil, vice-campeão do mundo não serve.

Ricardo Rocha, tetracampeão

CNN Esportes S/A

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