Ricardo Rocha cobra “futebol de clubes” na Seleção: “Falta liderança”

Durante participação no CNN Esportes S/A deste domingo (9), Ricardo Rocha analisou o momento da seleção brasileira e a escolha de Carlo Ancelotti como treinador.

O ex-zagueiro e tetracampeão mundial elogiou o italiano e cobrou mais comprometimento dos atletas.

Apesar da confiança em Ancelotti, Rocha acredita que os jogadores da Seleção precisam mudar de postura e levar para a equipe o mesmo desempenho que têm nos clubes.

“Tem uma uma frase que eu vou citar sempre até terminar a Copa do Mundo, que foi do Rodrygo do Real Madrid. Ele fala assim: Nós precisamos transformar o que nós jogamos nos clubes na seleção, que isso ainda não aconteceu’”, comentou.

O ex-defensor também pediu mais liderança e protagonismo dentro do grupo.

O que eu acho é o seguinte: esses jogadores precisam dar cara. Dar cara não é chegar e falar: ‘vamos ser campeão’. É lá dentro do vestiário. Está faltando liderança forte e pesada.

Ricardo Rocha, tetracampeão

Mestre Ancelotti

Rocha elogiou o técnico da Seleção Brasileira e disse estar otimista com a forma que ele conduz o vestiário.

“Eu gosto muito do que ele fala, eu gosto muito do que ele prega, eu gosto muito de uma coisa que o Brasil precisa melhorar nesses últimos anos, muita atenção: vestiário. É muito conturbado, é muita polêmica. Ele não, ele vai matar no peito e vai: é comigo. Eu confio nele cegamente”, afirmou o ex-zagueiro.

Ele ainda destacou a experiência do técnico à frente do Real Madrid.

Ancelotti não é só no Brasil, em qualquer país do mundo, se você anunciar ele como treinador, as pessoas vão reverenciar. Eu reverencio ele como treinador. “Ah, nunca treinou a seleção”. Já. O Real Madrid dele é mais do que muitas seleções.

Ricardo Rocha, tetracampeão

O tetracampeão ressaltou que o treinador já enviou recados a alguns jogadores, entre eles Neymar, sobre a importância de chegar em boa forma.

“Ele já mandou recado para Neymar e para muitos: tem que estar bem. Ele é um cara sério, seríssimo, e eu confio muito no que ele vai passar para esses jogadores.”

Gerações diferentes

Para o ex-zagueiro, o desafio do grupo é recuperar a identidade e o espírito coletivo que marcaram outras épocas da seleção brasileira.

“É uma outra geração. Se fala diferente, eu dormia com um um amigo meu no quarto, hoje se dorme individual.”

Rocha inclusive comparou o momento atual com o das gerações campeãs de 1994 e 2002, ressaltando o aprendizado que vem das derrotas.

Nós perdemos 90 para ganhar 94. A geração de Roberto Carlos perdeu 98 para ganhar 2002. A derrota ensina muito. Eu aprendo mais na vida na derrota do que na vitória. Porque na vitória todo mundo bate nas tuas costas.

Ricardo Rocha, tetracampeão

CNN Esportes S/A

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