Uma organização de reservistas em Israel renovou apelos para que os soldados recusem ordens militares para servir após o gabinete de segurança ter aprovado uma operação ampliada para tomar a Cidade de Gaza.
“É difícil explicar aos seus comandantes a decisão de recusar. Mas é mais fácil quando feito em conjunto”, afirmou a Soldiers for the Hostages (Soldados pelos Reféns, na sigla em inglês) .
A organização vem pedindo aos israelenses que se recusem a prestar serviço militar há meses, acreditando que novas operações militares em Gaza representam um sério risco para os 50 reféns restantes, dos quais 20 ainda estão vivos.
Yotam Vilk, um capitão dos reservistas que decidiu parar de servir durante a guerra, além de ser integrante da Soldiers for the Hostages, disse em um artigo de opinião que se sente traído pelo governo israelense.
“Não consigo ficar em silêncio. Não depois de ver com meus próprios olhos o custo humano de cada dia em que o conflito de Gaza se estende. Não depois de ver o que significa negligência e abandono, e como se parece um governo disposto a sacrificar todos nós em nome de suas falsas promessas”, escreveu Vilk no jornal israelense Haaretz.
Michael Majer, ex-oficial de inteligência das IDF (Forças de Defesa de Israel) que encerrou seu serviço durante esta guerra, expressou indignação com os políticos israelenses por não pedirem a outros que se recusassem.
Citando alguns dos principais legisladores do país, Majer disse nas redes sociais: “Todos dizem que a guerra é inútil. Todos dizem que soldados são enviados a Gaza sem nenhum propósito. Vocês se importam mais com seus assentos do que com as vidas dos soldados?”