Quem é Lohan Ramires, influenciador brasileiro detido nos Emirados Árabes

O influenciador Lohan Ramires, de 32 anos, foi detido nos Emirados Árabes Unidos após ser considerado foragido da Justiça brasileira e incluído na lista da Interpol. Ele é natural de Uberlândia, cidade de Minas Gerais.

Segundo o Ministério Público do estado, ele ostentava uma vida de luxo no exterior e utilizava as redes para promover a venda ilegal de anabolizantes.

Lohan conta com mais de 600 mil seguidores no Instagram e tem a conta verificada pela plataforma. Nas postagens do perfil, é possível ver o homem em viagens, em carros de luxo e lanchas. Além disso, ele apresenta fotos com amigos e com dois filhos.

Segundo o MPMG, o influenciador tem condenações que somam mais de 23 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. 

Investigado pelo MP

Lohan foi um dos principais alvos das operações Diamante de Vidro, Má Influência e Erínias, conduzidas pelo MP. As operações apuraram a atuação de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, movimentação ilícita de capitais e até um suposto esquema para atentar contra autoridades de segurança pública.

As investigações apontam que além de usar as redes para a venda ilegal de anabolizantes, ele praticava lavagem de dinheiro por meio da aquisição de joias, veículos de luxo e ocultação de dinheiro em espécie.

Ainda segundo o MPMG, “ele também foi um dos principais investigados da operação Erínias, que apurou um esquema para assassinar autoridades da comarca de Uberlândia. Segundo o Gaeco de Uberlândia, ele ainda é réu em outros processos pendentes de decisão judicial.”

Em nota, a defesa do influenciador afirmou que ele “não está foragido como mencionado” e que “o que motivou sua saída do país foi uma proposta de trabalho que está sendo executada nos Emirados Árabes”. Ainda segundo a defesa, ele foi solto após pagamento de fiança de menos de R$ 3 mil.

A CNN entrou em contato com a Justiça mineira para confirmar a soltura do influenciador, mas ainda não houve retorno.

Veja a nota da defesa na íntegra:

“Lohan deixou o país antes do trânsito em julgado da decisão que expediu o mandado de prisão em seu desfavor. Portanto, quando não havia condenação confirmada.

Outro ponto que merece destaque é o fato de que após detido nos Emirados Árabes, aquele país, ao analisar as provas do seu processo, entendeu pela fragilidade probatória, e concedeu a liberdade mediante fiança de menos de R$3.000,00 (três mil reais), fiança esta que está muito aquém de valores em casos semelhantes.

Sobre a condenação, entendemos ser absurdamente injusta, e, após assumir este processo, identificamos erros grosseiros, alguns aparentemente intencionais, cometidos pela autoridade policial, pelo Ministério Público, pelo magistrado sentenciante e, principalmente pelas defesas que oficiaram no processo, com graves demonstrações de que houve um conjunto absurdo de falhas, o que levou à distribuição de Ação de Revisão Criminal onde acreditamos alcançar a absolvição do Sr. Lohan de todos os crimes a que foi denunciado.

Uma condenação por tráfico de drogas em um processo em que o próprio laudo atesta a inexistência de drogas e, por incrível que pareça, ninguém viu isso, ou viram e fingiram não ver, que continua ecoando na vida do Sr. Lohan.

As análises realizadas no material descrito, utilizando os recursos técnicos disponiveis neste laboratório, não detectaram a presença de substâncias psicotropicas e/ou entorpecentes, esteroides anabólicos androgénicos e toxicos minerais, bem como as substâncias descritas na embalagem, sendo detectada a presença de MANITOL.

Relembremos, ainda, o episódio lamentável da ocasião em que Lohan foi falsamente acusado de ter participado de um suposto esquema de atentado contra autoridades desta Cidade, ocasião em que foi preso injustamente mais uma vez e que ficou no esquecimento tanto das autoridades quando da imprensa.

Lohan Ramires nunca praticou tráfico de drogas, mas foi vítima de uma injusta e covarde perseguição que em breve será corrigida. Confiamos na justiça!”

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

FONTE

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