Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18). A prisão ocorre no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição financeira. O analista Gabriel Monteiro traça, no CNN Novo Dia, um perfil do banqueiro e relembra trajetória na empresa.
O caso ganha contornos ainda mais intrigantes devido ao anúncio, feito no dia anterior, sobre o interesse do grupo Fictor em adquirir o Banco Master. A empresa via na possível aquisição uma oportunidade de entrada no setor bancário brasileiro, com planos de estabelecer o Banco Fictor utilizando a estrutura já existente do Master.
Histórico de operações arriscadas
Vorcaro era conhecido no mercado financeiro por sua gestão arrojada e investimentos de alto risco. O banco atraía recursos oferecendo Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com valores acima do mercado, uma prática que já causava incômodo em parte do setor financeiro.
O interesse pelo Banco Master não é recente. Anteriormente, o Banco de Brasília (BRB) havia demonstrado interesse na aquisição, vendo na carteira mais arriscada do Master um complemento para seus ativos mais tradicionais. O BTG Pactual também havia manifestado interesse em adquirir os ativos de menor risco da instituição.
A liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central pode ter sido motivada por insolvência ou por descumprimento grave das regras do sistema financeiro brasileiro. Com esta decisão, a possível aquisição pelo grupo Fictor fica suspensa, assim como quaisquer outras negociações de compra da instituição.