Professora que agrediu criança de 4 anos irá passar por parecer médico

A professora filmada agredindo um menino de 4 anos com uma pilha de livros irá passar por parecer médico psiquiátrico no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada à CNN através da defesa.

Segundo o advogado, Henrique Hartmann, a mulher identificada como Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, deverá ser avaliada por um profissional da rede pública do estado.

Um pedido de habeas corpus também foi apresentado pela defesa, mas foi negado pelo TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (25).

A decisão concedida pela desembargadora Rosaura Marques Borba, da 2ª Câmara Criminal do TJRS, destacou a gravidade da situação por envolver um menor, e reforçou o indício de provas através dos relatos e vídeos registrados.

Relembre o caso

Um vídeo de uma câmera de monitoramento gravou o momento em que a professora pega uma pilha de livros e a utiliza para bater na criança. A agressão ocorreu dentro de sala de aula, na frente de outros colegas do menino.

Nas imagens, é possível ver que a criança começa a chorar e a professora segue com agressões verbais. Ela então pega um pano e limpa a boca do menino. Depois, sai com ele da sala.

“Vem lavar tua boca”, é possível ouvi-la falar enquanto conduz a criança para fora do local.

Por conta da agressão, o menino teve pelo menos seis dentes comprometidos, segundo relato do pai à CNN. A professora teria justificado os machucados dizendo que a criança caiu no banheiro.

Ele precisou colocar um aparelho nos dentes e está se alimentando apenas de comidas pastosas, com o auxílio de um canudo.

Em nota, a Escola Xodó da Vovó disse que “a profissional foi imediatamente afastada, as autoridades policiais comunicadas e a família da criança está recebendo todo o apoio necessário”.

Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, foi presa preventivamente, na manhã dessa sexta-feira (22), em Palmeira das Missões, no Norte do Rio Grande do Sul.

Conforme a delegada Thalita Giacomiti Andriche, responsável pela investigação, o caso é tratado como maus-tratos qualificado por lesão corporal grave. A delegada disse ainda não descartar que o crime também seja tipificado como tortura.

Na delegacia, durante interrogatório, Leonice permaneceu em silêncio.

*Sob supervisão de AR.

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