O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, revelou, em entrevista ao Bastidores CNN, detalhes sobre planos do PCC (Primeiro Comando da Capital) para atacar autoridades em São Paulo. Entre os alvos da facção criminosa estava o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que há anos é visado pelo grupo.
Em conversa com Gakiya, Sarrubbo prestou solidariedade e confirmou que as forças de segurança estão oferecendo proteção ao promotor. “O procurador-geral de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, a polícia militar e civil do estado de São Paulo têm dado todo o apoio ao promotor Lincoln”, afirmou.
Monitoramento em presídios
Durante a entrevista, Sarrubbo também abordou um projeto antifacção que prevê o monitoramento de conversas entre presos e advogados em estabelecimentos prisionais. A medida, que já existe nos cinco presídios federais do país, poderá ser ampliada para todas as unidades prisionais do Brasil.
O secretário enfatizou que a proposta será aplicada apenas em casos excepcionais e mediante autorização judicial. “O que se propõe no projeto é que numa situação absolutamente excepcional, com indícios consistentes, com provas consistentes do envolvimento daquele profissional, que é uma exceção, que possa por ventura estar atendendo lideranças de facções em presídios e levando mensagens”, explicou.
Sarrubbo ressaltou ainda que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) será comunicada sobre eventuais monitoramentos, demonstrando respeito à classe advocatícia. A medida visa combater organizações criminosas que têm se infiltrado na sociedade civil, citando como exemplo emblemático o caso da Faria Lima.