Um policial civil foi baleado, nesta terça-feira (5), em Porto Alegre, durante uma operação contra o tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e de veículos de origem ilícita. De acordo com a Polícia Civil, ele foi levado ao hospital e passa bem.
O autor do disparo foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio.
Durante a operação, 30 pessoas foram presas. Os policiais cumpriram mandados na Capital Gaúcha e nas cidades de Cachoeirinha, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Parobé, Estância Velha, Caxias do Sul, Montenegro, Charqueadas, Três Passos e Capela de Santana.
As investigações da Polícia Civil revelaram um esquema de circulação e comercialização de armas de fogo de diferentes calibres, incluindo fuzis, pistolas adaptadas para disparo automático e carregadores de alta capacidade. Os criminosos também ofertavam munições para esses armamentos.
A polícia constatou que o grupo também era responsável por tráfico de drogas. Entre elas, maconha e ecstasy.
Além disso, ficou comprovada a prática de receptação qualificada e adulteração de veículos, com a utilização de placas clonadas ou falsas para viabilizar a circulação e a revenda dos automóveis. Conforme a polícia, caminhões e outros veículos de maior valor eram roubados e ocultados em imóveis, onde permaneciam até serem repassados a receptadores.
Os investigados ainda mantinham um fluxo de informações, em que compartilhavam imagens e dados sobre alvos, possíveis compradores e estratégias para evitar a detecção policial. Ainda, esse intercâmbio incluía orientações sobre alterações visuais em veículos e manipulação de placas para dificultar a identificação.
Conforme o delegado Wesley Lopes, “a investigação evidenciou uma complexa rede de atividades ilícitas praticadas pelo referido grupo, com atuação simultânea em diferentes modalidades criminosas e em várias cidades.”
Foi feita a apreensão de duas armas de fogo, 106 munições, drogas e seis mil reais em dinheiro.
Pelo menos 130 policiais participaram da operação, conduzida pela 2ªDIN/Denarc (2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico).
A Polícia Civil deve agora analisar os materiais apreendidos para buscar a responsabilização de todos os envolvidos.