A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (17), mais duas pessoas envolvidas no assassinato do casal José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari, de 68 e 61 anos. Os idosos foram encontrados mortos dentro de um carro no dia 6 de abril, em São Pedro, interior de São Paulo.
Com as duas prisões, o número de detidos chegou a seis. Quatro suspeitos já haviam sido presos na primeira fase da “Operação Jogo Duplo”. Dois deles são os advogados do casal, apontados pela Polícia como mandantes do crime. Os outros dois são tidos como os executores do assassinato.
Durante a segunda fase da operação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, que resultaram em aparelhos celulares e outros eletrônicos apreendidos.
Entenda envolvimento de advogados
Há um mês, a Polícia prendeu os advogados apontados como os mandantes da morte de José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari.
Segundo a corporação, além da ordem para execução do casal, os advogados teriam falsificado documentos e se apropriado de cerca de R$ 12 milhões em imóveis dos idosos.
As investigações apontaram que “foram analisados processos em que os investigados representavam as vítimas e descoberto que as mesmas eram induzidas em erro, o que gerou o depósito de mais de R$ 2,8 milhões em despesas processuais inexistentes”.
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Ainda segundo a Polícia, os advogados falsificaram inúmeras guias DAREs — documento utilizado para recolhimento de custas e despesas processuais — comprovantes de recolhimento e até uma decisão judicial. Além disso, sob a alegação de “proteção patrimonial”, eles também se apropriaram de cerca de R$ 12 milhões em imóveis das vítimas.
Após os crimes, os investigados teriam encomendado a morte de José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari para ficarem com os bens do casal.
Os advogados das vítimas, de 44 e 47 anos, têm escritório na cidade de São Carlos (SP). Além deles, os apontados como contratados para a execução dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver também foram presos.
A Polícia informou que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de São Carlos e Praia Grande, inclusive no escritório de advocacia dos advogados. Foi também determinado o sequestro de bens dos possíveis mandantes do crime e o bloqueio de contas bancárias de todos os investigados.