Uma operação conjunta da Polícia Civil de Sergipe resultou na prisão de um homem de 50 anos, acusado de furtar imóveis de alto padrão e causar um prejuízo estimado em R$ 1 milhão. A investigação aponta que ele atuava sozinho, com crimes registrados em Aracaju e em Feira de Santana (BA), entre julho e agosto deste ano.
Segundo a delegada Luciana Pereira, da Delegacia Especial de Turismo (Detur), o investigado não se intimidava com o aparato de segurança dos imóveis. “As câmeras registraram quando ele utilizou uma escada de alumínio para pular muros, mesmo com cercas elétricas. As residências invadidas tiveram cofres, armários e gavetas arrombados com o uso de ferramentas”, explicou. Para evitar identificação, o suspeito cobria o rosto, vestia camisas longas e usava luvas.
A polícia apurou que, entre 21 de julho e 15 de agosto, o homem entrou em pelo menos quatro condomínios de luxo no bairro Aruana, zona de expansão da capital sergipana. A CNN teve acesso a um vídeo que mostra uma das ações criminosas.
A investigação também descobriu que ele já era alvo de um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça da Bahia, o que teria motivado a mudança para Sergipe. “Identificamos, também, que o suspeito possuía um mandado de prisão em aberto, expedido pelo Juízo da Comarca daquela cidade, razão pela qual se mudou para Aracaju”, revelou a delegada.
Com base nas provas reunidas, a equipe de investigação pediu a prisão preventiva. A Justiça de Aracaju autorizou. O suspeito foi localizado em uma casa no bairro Bugio, zona norte da cidade.
O imóvel, em área de difícil acesso, guardava parte dos pertences furtados, incluindo relógios, joias e perfumes importados.
Ao ser levado para a delegacia, o homem confessou os crimes em Sergipe e na Bahia. “A maior parte dos objetos ele já havia vendido para receptadores por valores irrisórios”, destacou Luciana Pereira. A delegada reforçou ainda que o preso não costuma agir com violência, deixando os locais ao perceber movimentação de moradores.
A Polícia Civil disse que as investigações ainda estão em andamento e pede que a população colabore com mais informações.