Polícia pede prisão de suspeitos pela morte de cabeleireiro em São Paulo

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pediu, nesta quarta-feira (26), a prisão temporária de dois suspeitos de envolvimento na morte do cabeleireiro José Roberto Silveira, encontrado amarrado e amordaçado dentro de sua casa no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, no último sábado (22).

Segundo fontes da investigação, a Justiça deve decidir nas próximas horas sobre o pedido feito pela Polícia Civil.

Silveira foi encontrado por familiares e um amigo após não atender telefonemas ao longo do dia. Ele estava no chão do quarto, com punhos e pernas amarrados por fios e a boca presa por uma toalha.

Câmeras de segurança registraram dois homens deixando o imóvel pouco antes do amanhecer, e a polícia acredita que eles tenham chegado ao local com a vítima, pouco depois das 2h da madrugada.

Na noite desta quarta-feira, um homem abordado pela Polícia Militar afirmou espontaneamente que estaria sendo procurado pela morte do cabeleireiro e foi levado ao 72º Distrito Policial. A Polícia Civil, porém, descartou completamente seu envolvimento.

De acordo com apuração da CNN Brasil, ele descreveu detalhes que havia visto na imprensa e alegou ter cometido o crime de uma forma incompatível com a cena real, levando os investigadores a concluírem que se tratava de uma falsa confissão.

Ele será liberado e deve responder por falsa comunicação de crime. O caso segue sendo investigado pelo DHPP, que aguarda a decisão judicial sobre a prisão temporária dos dois suspeitos identificados.

Como o homem foi encontrado?

corpo foi localizado por um amigo e sócio da vítima, Mohamad Nayef Ali Abdallah, e por uma prima, que acionaram a PMESP (Polícia Militar do Estado de São Paulo) após não conseguirem contato com ele ao longo do dia

O cabeleireiro morava junto com a mãe, uma idosa de 98 anos, e mantinha um salão no local. A prima contou que foi chamada pela mulher que estava aflita porque o filho não havia aparecido para preparar o almoço, como fazia todos os dias.

Ao chegar à casa e ver que o portão estava fechado, ela pediu ajuda a funcionários de um bar em frente, que auxiliaram a arrombar o cadeado. Mohamad entrou primeiro e encontrou o corpo no quarto. Ele disse aos policiais que a cena o deixou abalado.

Segundo a PMESP, o imóvel estava fechado por fora, mas com sinais de desorganização no interior. A  televisão estava ligada, e objetos do quarto estavam fora do lugar. Na penteadeira, havia um copo com líquido escuro, possivelmente bebida alcoólica.

Qual a causa da morte?

Betto estava nu, caído ao lado da cama, com punhos e pernas amarrados por fios semelhantes aos de um telefone e com a boca amordaçada por uma toalha presa com um cabo branco. A cena apresentava manchas de sangue no travesseiro, no lençol e nas paredes próximas ao quarto.

Questionada, a SSP afirmou que “a autoridade policial aguarda laudos periciais em elaboração”. No entanto, informações apuradas pelas fontes da CNN, apontam que a hipótese da morte seria asfixia.

O que dizem as testemunhas?

Uma vizinha, que dorme em um quarto colado ao da vítima, relatou que, entre 3h e 4h da manhã, ouviu barulhos, conversas e movimento intenso dentro da casa, mas disse que não estranhou, já que o cabeleireiro costumava receber visitantes com frequência

O morador de uma outra residência aos fundos do terreno disse que não ouviu nada durante a madrugada, mas relatou que, ao acordar, notou portas abertas que normalmente permaneciam fechadas.

A família e os amigos foram ouvidos e liberados após prestarem depoimento.

FONTE

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