A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se a menina de três anos que foi espancada pelo padrasto em Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana do Rio de Janeiro, foi agredida em outras ocasiões. A criança recebeu alta médica na manhã desta quinta (25) e está em recuperação, segundo a Polícia Civil.
A princípio, a criança foi levada para a UPA do município, mas, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para a UTI do Centro de Terapia Intensiva Pediátrico do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, onde passou por exames como Tomografia Computadorizada e outros cuidados para tratar os hematomas.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito é Linneker Steven Siqueira Ramos Silva, de 33 anos, filho do Secretário de Esportes de Cachoeiras de Macacu, Vanderlan Ramos Silva. Ele está foragido e é investigado por tentativa de feminicídio e crime de tortura contra a enteada. Há um pedido de prisão preventiva expedido contra ele e a mãe também é investigada por omissão.
Em nota, o advogado Eduardo Costa, que atua na defesa dele, afirmou que está em fase de negociação com a polícia, observando a integridade física e segurança de seu cliente.
Vanderlan Silva afirmou que “não aceita qualquer forma de violência”, mas como pai “reconhece a dor deste momento”. O secretário também reiterou que o “comportamento de um filho não define o caráter de um pai”.
Polícia investiga se a criança sofreu outras agressões
O caso foi registrado na 159ª DP (Cachoeiras de Macacu) e veio à tona após um vídeo gravado pela avó da vítima, ser divulgado na internet. Nas imagens, a menina aparece machucada e afirma que foi o “titio”, como se referia ao padrasto, quem a agrediu.
Um segundo vídeo, supostamente feito na escola, mostra a orelha da menina lesionada.
A polícia apura se as agressões ocorreram em outras ocasiões e se a mãe tinha conhecimento, após criança afirmar que mãe tinha conhecimento das agressões. Profissionais de saúde também desconfiaram da versão que mãe apresentou ao levar a filha gravemente machucada ao hospital.
Agentes seguem em diligências para localizar o suspeito e apurar detalhes do caso.