Mais de 500 funcionários do Sistema Petrobrás participaram da assembleia que encerrou a greve nacional, iniciada no último dia 15. Um Acordo Coletivo de Trabalho foi aprovado no Teatro Municipal Trianon, em Campos dos Goytacazes (RJ), nesta terça-feira (30).
Segundo o Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), a paralisação foi iniciada após os trabalhadores considerarem “insuficiente” uma contraproposta apresentada pela companhia para o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).
Uma nova contraproposta da Petrobrás foi aceita nesta terça-feira (30). Na assembleia, a categoria também aprovou a manutenção do Estado de Assembleia Permanente e o Estado de Greve, para garantir que a Petrobrás cumpra as cartas-compromisso enviadas ao sindicato, no esforço de diálogo empreendido pela entidade para superar impasses que levaram ao movimento, além de desconto assistencial para o sindicato de 1% sobre o salário líquido, em três parcelas.
O indicativo de suspensão de greve e aprovação do acordo foi aprovado com 446 votos favoráveis, 43 contrários e 06 abstenções. O indicativo de desconto assistencial foi aprovado com 467 votos, 14 contrários e 14 abstenções.
Segundo o economista do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Cloviomar Cararine, a contraproposta da Petrobrás trouxe avanços conquistados na luta petroleira, com 83 mudanças redacionais ou novos benefícios.
A greve petroleira de 2025 foi iniciada à 0h do último dia 15 e durou 16 dias na base do Norte Fluminense, a última entre as representadas por entidades filiadas à FUP (Federação Única dos Petroleiros) a suspender o movimento.
Durante todos os dias da greve, centenas de trabalhadores se concentraram nas sedes do sindicato em Campos dos Goytacazes e Macaé. No início da manhã, os grevistas se dividiam em grupos que seguiam para a realização do trabalho de convencimento nas bases, no Heliporto do Farol e no Aeroporto de Macaé.
Na época em que a greve foi iniciada, a Petrobrás afirmou em nota que “respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas.”