Petrobras: Plano de negócios reduz aporte a R$ 109 bi para próximos 5 anos

A Petrobras prevê investimento de R$ 109 bilhões para os próximos cinco anos, segundo o plano de negócios aprovado na noite desta quinta-feira (27) pelo Conselho de Administração da petroleira. O montante é ligeiramente menor que os R$ 111 bilhões aprovados para o quinquênio anterior (2025-2029).

A redução já era esperada tendo em vista a baixa nos preços do petróleo praticados no mercado.

Em fato relevante, a estatal destacou o cenário de preços mais baixos da commodity, reforçando a necessidade de manter “a sustentabilidade financeira da companhia, por meio da disciplina de capital, eficiência operacional, otimização de gastos operacionais e limites orçamentários para investimentos, além da adoção de critérios mais restritivos na governança de aprovação de projetos”.

Descrevendo o plano, o documento aponta para “maior eficiência na alocação do Capex” ao prever “medidas para otimizar custos”. A economia é estimada em US$ 12 bilhões nos gastos operacionais, redução média anual de 8,5% em relação ao plano anterior.

Ao trabalhar sua eficiência, a Petrobras também prevê reduzir em US$ 6 o custo de produção por barril de petróleo.

Nesse sentido, a estatal também investirá US$ 1 bilhão em iniciativas para aumentar a eficiência operacional e energética das suas refinarias, por meio do Programa RefTop.

“Essas iniciativas contribuirão para alcançar a meta de intensidade de emissões de suas operações de refino e garantir uma disponibilidade operacional igual ou maior que 97% até 2030”, afirma o fato relevante.

O discurso vai em linha com o enunciado pela CEO da companhia, Magda Chambriard, na segunda-feira (24) durante o Projeto Eloos, da Radio Itatiaia, do qual a CNN Brasil é parceira.

Às vésperas da divulgação do plano plurianual de investimentos da companhia, Chambriard reconheceu que os preços mais baixos do barril de petróleo no exterior devem levar não só a estatal a se ajustar, mas todas as petroleiras do mundo.

O trabalho de adaptação deve ser feito “desenhando projetos de uma forma mais eficiente, buscando redução e cooperação com fornecedores e até cortando custos”, segundo a executiva.

Dos 109 bilhões, R$ 91 bilhões contemplam carteira já em implantação e R$ 18 bilhões estão em avaliação. Discriminados os investimentos, a Petrobras os divide em:

  • R$ 78 bilhões em exploração e produção;
  • R$ 20 bilhões em refino, transporte e comercialização;
  • R$ 9 bilhões em gás e energias de baixo carbono;
  • R$ 2 bilhões em corporativo.

Ademais, destaca que US$ 7,1 bilhões serão destinados a atividades exploratórias com o objetivo de enfrentar os desafios de reposição de reservas, focando nas bacias do Sul e Sudeste, Margem Equatorial e ativos exploratórios em outros países como Colômbia, São Tomé e Príncipe e África do Sul.

A tendência de queda do preço do petróleo acompanha a expectativa de redução na demanda pela commodity à medida que a transição energética avança.

No planejamento, a Petrobras prevê atingir o pico de produção de óleo em 2028 e pico de produção de barris equivalentes de óleo e gás por dia entre 2028 e 2029.

Ademais, a companhia destacou que manteve as estratégias de seu Plano Estratégico 2050, com perspectivas para o longo prazo.

“Reafirma sua visão de ser a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor, construindo um mundo mais sustentável, conciliando o foco em óleo e gás com a diversificação em negócios de baixo carbono (inclusive produtos petroquímicos, fertilizantes e biocombustíveis), sustentabilidade, segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas”, descreveu.

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