O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou no domingo (23) que não apoia o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, mas que também não concorda com uma “invasão” dos EUA ao país.
“Não apoio Maduro; quero uma solução política e pacífica na Venezuela, mas não apoio uma invasão”, publicou Petro em sua conta no X, em meio à escalada das tensões sobre o envio de militares dos EUA para o Caribe.
Está es la verdadera razón de la guerra en Ucrania y de la posible invasión a Venezuela.
El petróleo.
Se desplomarán los precios internacionales y el petróleo será monopolio árabe, EEUU quedará con petróleo pesado y Ecopetrol entrará a números rojos.
Los que aplauden la… https://t.co/ul9L7OOQtX
— Gustavo Petro (@petrogustavo) November 23, 2025
De acordo com o presidente colombiano, as medidas dos Estados Unidos contra a Venezuela são uma resposta aos seus interesses econômicos naquele país, especialmente no que diz respeito ao petróleo.
Na semana passada, o governo colombiano negou apoiar um plano para uma saída negociada de Maduro do poder, após uma entrevista com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, na qual ela discutiu a possibilidade e expressou apoio a um potencial plano de mudança de governo no país vizinho.
Segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, o governo do país “não interfere nos assuntos internos de outros países e respeita a soberania de nosso país irmão, a Venezuela”.
A tensão entre Washington e Caracas, que aumentou em agosto quando o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou uma grande mobilização militar nas águas caribenhas perto da Venezuela sob o pretexto de combater o narcotráfico, está afetando intensamente as relações entre os vários países da região.
Nesta segunda-feira (24), entrou em vigor a designação do Cartel dos Sóis como organização terrorista estrangeira, um passo a mais na crescente tensão que preocupa a região.