PatBO, única marca brasileira na NYFW, leva estética latina à passarela

Após pular a última edição, a grife PatBo fez seu retorno à Semana de Moda de Nova York na última terça-feira (16), ao apresentar sua coleção de verão 2026. Única etiqueta brasileira a integrar o calendário, a estilista mineira Patrícia Bonaldi teve o legado das mulheres que moldaram o potente imaginário latino como ponto de partida.

De Carmen Miranda a Elza Soares, passando por Frida Kahlo, Selena Quintanilla, Shakira e Carmen Mayrink Veiga, todas, em suas respectivas épocas, provaram que ser mulher mulher é viver em estado de luta, invenção e reinvenção.

“Essa é a primeira vez que mostro um lado mais íntimo da Patricia, com meu jeito de falar as coisas a partir da maneira que considero verdadeira, ainda mais estando em uma semana de moda americana. Quero pertencer sem perder a essência”, afirmou a designer em comunicado à imprensa.

Na passarela, o sentimento foi traduzido a partir de bordados e franjas que se movimentavam como extensões do corpo e estampas que assumiram o protagonismo ao lado de modelagens inspiradas nos anos 1980. Em tempos de formas retas, linhas duras e dias cinzentos, o maximalismo ganhou suavidade em volumes orgânicos, enquanto a paleta de cores transitou dos tons terrosos, em referência à terra que nos forma, para cores mais expansivas, símbolos da mutabilidade da vida. 

A tradicional flor de lótus, novo ícone da PatBo, surgiu como metáfora do florescimento feminino. Estava nos vestidos, nos aviamentos e agora também nos sapatos, apresentados como nova linha independente da marca. “Essa coleção é a menos comercial e a mais inspiracional. Quero expandir o olhar da PatBo, deixando espaço para experimentações e novas possibilidades”, completou Patricia.

Coroando a estreia, o stylist Leandro Porto assinou a direção de moda do desfile, ampliando ainda mais o alcance das visões criativas brasileiras no palco internacional.

“Alma Latina” é um manifesto sensível e vibrante. Uma declaração de orgulho, pertencimento e persistência que inscreve a moda brasileira na história através da voz feminina e da capacidade do fazer manual, que nos conecta em fios costurados e rebordados ao longo da história. 

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