O partido governista de Honduras Liberdade e Refundação (LIBRE) solicitou a anulação da contagem dos votos presidenciais nas eleições gerais do último domingo do país centro-americano.
Segundo o documento apresentado pelo representante do partido, Edson Javier Argueta Palma, o pedido de anulação se deve ao “desastre” que, segundo eles, ocorreu no sistema de Transmissão de Resultados Preliminares (TREP), bem como na execução da contagem geral final, que, de acordo com o LIBRE, “adulterou” a vontade popular.
O partido também solicitou a anulação da votação para deputados ao Parlamento Centro-Americano, os quais, de acordo com a lei eleitoral e a lei das organizações políticas, são eleitos em relação à votação para candidatos à presidência.
Neste sábado (6), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou em comunicado que, devido à demora na apuração dos resultados eleitorais e à “indisponibilidade” da página para divulgação da contagem, os partidos políticos têm até segunda-feira, 8 de dezembro, para apresentar ações administrativas de nulidade contra o processo.
Além disso, a CNE concedeu uma prorrogação até 15 de dezembro para o pedido de revisão das folhas de apuração e recontagens especiais de votos.
A CNE parou de transmitir resultados em nível presidencial desde sexta-feira, às 16h30, horário local, após sua última atualização.
Nessa contagem, o candidato presidencial nacionalista, Nasry Asfura, lidera a votação com 40,19%, seguido pelo candidato do Partido Liberal de Honduras, Salvador Nasralla, com 39,49%.
A candidata do partido governista, Rixi Moncada, está em terceiro lugar com 19,30% dos votos.
Até o momento, segundo o último relatório da CNE, 88,02% dos votos foram apurados.
O ritmo lento da contagem gerou incerteza em Honduras e críticas ao CNE, que pediu paciência ao público.