Mário Augusto Mendes, pai de Marcus Augusto Costa Mendes, policial da Rota envolvido na morte do policial civil Rafael Moura da Silva, cumpre pena desde 2020, condenado a 26 anos e 4 meses de reclusão pelo assassinato de um homem inocente e por tentativa de homicídio.
Segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Mário executou Sidney da Silva Araújo, em 22 de janeiro de 2019, na Cidade Dutra, zona sul da capital, após ser repreendido por um ato sexual em via pública.
O policial afastado também tentou matar Klayton dos Santos Ventura, amigo da vítima, e ainda forjou uma acusação de roubo contra ele.
Câmera corporal de PM da Rota mostra disparos contra policial civil
De acordo com os autos, momentos antes do crime, Mário estava recebendo sexo oral de uma mulher em uma travessa, quando Sidney se aproximou e teria repreendido a cena. O réu reagiu atirando contra Sidney, que morreu no local, e também contra Klayton, que sobreviveu.
“Após rápida negociação, a depoente aceitou fazer sexo oral por R$ 20, mas a depoente disse que ali não dava e que era melhor fazer o programa na travessa”, consta no relato de uma testemunha.
Morte do policial civil
Na última sexta-feira (11), uma equipe do Cerco (Corpo de Repressão Especial ao Crime Organizado) realizava diligências em um ponto de tráfico de drogas no Capão Redondo, quando cruzou com agentes da Rota que vinham no sentido oposto.
Durante a ação, os policiais civis sinalizaram para os PMs, mas foram surpreendidos por disparos.
Rafael Moura da Silva foi atingido por três tiros, sendo que um dos projéteis ficou alojado no abdômen. Com 11 anos de carreira no Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), ele estava em serviço com colegas na Favela do Fogaréu.
Após cinco dias internado em estado grave no Hospital das Clínicas, o policial civil não resistiu aos ferimentos e morreu.
O velório do investigador aconteceu na manhã da última quinta-feira (17), na Acadepol (Academia de Polícia de São Paulo).