Os comentaristas Caio Coppolla e José Eduardo Cardozo discutiram, nesta quinta-feira (30), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o Brasil tem ferramentas para acabar com o Comando Vermelho.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um projeto de lei que promove mudanças na legislação para endurecer o combate ao crime organizado no país e ampliar a proteção de agentes públicos ou processuais que estejam envolvidos nessa área.
Coppolla avalia que, sob governos de esquerda, o Brasil não conseguirá derrotar facções.
“Mesmo havendo ferramentas para combater o crime, o governo Lula e o ministro Lewandowski, não estão dispostos a utilizá-las. Os petistas se recusam a chamar faccionados de terroristas, os petistas se recusam a oferecer apoio de combate às polícias militares, os petistas se recusam a convocar as forças armadas para pacificar as comunidades”, disse.
“Lula não lamentou o assassinato dos quatro heróis da polícia nem se solidarizou com as suas família. A gente sabe como é: nessa guerra entre narcoterroristas e policiais, Lula prefere não ter que escolher um lado”, continuou.
Cardozo entende que falta integração no combate ao crime organizado.
“Não existe a agregação, não existe a atividade conjunta prevista na Constituição. Essa é uma competência atribuída para os estados. Portanto, ou eu mudo a Constituição, como quer o governo federal, mandando uma proposta de PEC para haver uma sinergia, uma integração, ou nada será feito”, afirmou.
“Hoje, quando alguém quer dar voo solo, quando alguém quer atuar por si só, faz um planejamento sozinho e quer que os outros se encaixem e nem solicita o encaixe. Francamente, isso é um absurdo, é equivocado”, prosseguiu.