Novo nome para presidência do Fed deve decepcionar economistas, aponta FT

Economistas acadêmicos dos Estados Unidos têm, em sua maioria, um desejo em comum: que o governador do Federal Reserve, Christopher Waller, suceda Jerome Powell na presidência do banco central norte-americano.

A questão é que poucos destes acadêmicos acreditam que isso se concretizará, conforme uma pesquisa do Financial Times conduzida pelo Clark Center for Global Markets da Booth Scholl of Business da Universidade de Chicago.

Segundo o levantamento, 82% dos entrevistados escolheram Waller como o favorito para ocupar o cargo em 2026, quando termina o mandato de Powell. No entanto, apenas um quinto dos economistas acreditam que este será o destino sucessório da presidência do banco central mais importante do mundo.

Quem está na mira das apostas pro cargo é Kevin Hasset, atual presidente do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca. Os 44 acadêmicos consultados acreditam que há maior probabilidade de Hasset assumir a cadeira, ainda que ele seja favorito de apenas 39% deles.

A pesquisa do jornal inglês destaca que essa discrepância entre o candidato favorito e o que tem maior chance de assumir o cargo reflete a pressão do presidente Donald Trump contra o Federal Reserve.

O republicano acumula dezenas de críticas públicas ao atual presidente da autarquia. Em diversos posts na rede Truth Social ao longo dos últimos meses, ele chamou Powell de “idiota” por não reduzir a taxa de juros dos Estados Unidos.

Ainda neste mês, Donald Trump disse a repórteres na Casa Branca que havia três finalistas para nomeações no Fed. Entre eles, Christopher Waller, Kevin Hasset e Kevin Warsh, que é ex-governador da autarquia.

Dois nomes se destacam no alinhamento político-econômico ao presidente norte-americano. Hasset, por exemplo, defende a guerra tarifária e concorda que o Fed manteve taxas de juros mais altas do que deveria. Já Warsh pediu repetidamente por uma “mudança de regime no Fed”.

O que está em jogo é o nome para cumprir uma vontade que Trump deixou claro ter: a eleição de um líder mais alinhado com a estratégia de cortes rápidos nas taxas de juros.

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