Mudanças climáticas impactam a proliferação da dengue? Dr. Kalil responde

As mudanças climáticas têm impacto direto no aumento de casos de dengue e chikungunya no Brasil e no mundo, permitindo que o mosquito transmissor se estabeleça em regiões anteriormente não afetadas por essas doenças. Em entrevista ao CNN Sinais Vitais, Rosilane de Aquino, diretora de Regulatórios, Qualidade e PMO, explicou que o aquecimento global está criando condições favoráveis para que o Aedes aegypti se adapte a novos territórios.

“Sem dúvida nenhuma, a gente tem visto isso no mundo, como que as mudanças climáticas estão influenciando na proliferação do mosquito”, afirmou Rosilane.

A especialista explicou que o fenômeno está causando o surgimento de casos em locais onde antes não havia registros da doença. “Não havia provavelmente porque o mosquito não conseguia se adaptar naqueles ambientes. E as mudanças climáticas, aquecimento global, está fazendo com que ele se instale e se sinta confortável para se multiplicar e, consequentemente, transmitir a doença em outros territórios também”, destacou.

Medidas de prevenção contra o mosquito

Esper Kallás, infectologista e diretor do Instituto Butantan, destacou medidas práticas para combater a proliferação do mosquito no dia a dia. “É combater, evitar que exista água parada em local aberto. O mosquito gosta disso, especialmente a água mais limpa”, orientou. O especialista também ressaltou que o Aedes aegypti vem se adaptando e consegue se multiplicar até mesmo em águas menos limpas, contrariando conceitos antigos sobre o comportamento do inseto.

Quanto à proteção pessoal, Kallás recomendou atenção especial nos horários de maior atividade do mosquito. “Na hora do entardecer e comecinho da manhã, são os horários que o mosquito mais gosta. Então usar medidas de prevenção das picadas de mosquito funciona”, explicou.

Entre as medidas de proteção recomendadas pelos especialistas estão o uso de repelentes corporais, instalação de telas em janelas em áreas com alta prevalência do mosquito e, de forma complementar, repelentes ambientais, como aqueles que são ligados na tomada. “Funciona, mas é parcial. Tudo é parcial. Não é nada 100%”, alertou Kallás sobre a eficácia dos repelentes ambientais.

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *