O MPSP (Ministério Público de São Paulo) realiza, na manhã desta quarta-feira (5), a Operação Garrafa Legal, voltada ao combate à falsificação, adulteração e comercialização irregular de bebidas alcoólicas no estado. As equipes atuam, simultaneamente, na capital paulista, em Guarulhos, Ribeirão Pires, São Caetano do Sul e Santo André.
De acordo com o MPSP, a ação tem como foco a apreensão de vasilhames em depósitos clandestinos ou que apresentem indícios de irregularidades fiscais, sanitárias e ambientais.
O objetivo é coibir práticas criminosas que colocam em risco a saúde da população e movimentam um mercado paralelo de bebidas adulteradas.
A operação é coordenada pelo Ministério Público, por meio dos CAO (Centros de Apoio Operacional) Cível e Criminal e do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) e do 35º promotor criminal da capital. Participam também PCESP (Polícia Civil do Estado de São Paulo), Secretaria da Fazenda, Procon-SP, Cetesb e o CVS (Centro de Vigilância Sanitária Estadual), com apoio da Covisa, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
A deflagração da operação ocorre em meio ao avanço das investigações sobre casos de intoxicação por metanol, substância usada ilegalmente para adulterar bebidas. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o estado já confirmou 47 casos de intoxicação, com nove mortes registradas. Entre as vítimas, estão quatro moradores da capital, três de Osasco, uma de São Bernardo do Campo e uma de Jundiaí.
Outros nove casos ainda estão sob investigação, incluindo duas mortes em Piracicaba e São Vicente. Até o momento, mais de 460 suspeitas foram descartadas após análises laboratoriais. A Polícia Civil e o Ministério Público devem divulgar mais detalhes sobre os resultados da operação nas próximas horas.