O MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) denunciou Ricardo Jardim, de 66 anos, por oito crimes. Ele é o suspeito de ter matado e esquartejado a namorada, em Porto Alegre (RS), em agosto.
Jardim havia sido indicado pela Polícia Civil por sete crimes: feminicídio, ocultação de cadáver, falsificação e uso de documento público, falsa identidade, invasão de dispositivo informático e furto mediante fraude. Agora, o MPRS acrescentou na denúncia o crime de vilipêndio de cadáver, que trata-se de desrespeitar, ultrajar ou menosprezar um corpo morto ou suas cinzas.
Conforme a Polícia Civil, apenas a soma das penas dos sete crimes apontados inicialmente pode chegar a quase 100 anos de reclusão.
Atualmente, o indiciado está preso preventivamente, à disposição da Justiça, e o inquérito foi remetido ao Ministério Público para oferecimento de denúncia.
Relembre o caso
No dia 13 de agosto, braços e pernas humanos foram encontrados em sacos de lixo na Zona Leste de Porto Alegre. No dia 1º de setembro, mais restos mortais foram encontrados dentro de uma mala, no setor de guarda-volumes da Rodoviária. Já no dia 7 de setembro, parte de uma perna humana e um pé foram encontrados por pescadores na região da orla da capital gaúcha.
A vítima foi identificada como Brasília Costa, de 65 anos.
Ricardo Jardim foi apontado como autor do crime, após análise de imagens de câmeras de segurança. Ele teria agido sozinho por motivação financeira.
Jardim estava foragido do sistema prisional desde abril de 2024, onde cumpria pena de 28 anos de reclusão pelo homicídio qualificado da própria mãe, cometido em 2015.