Morre Udo Kier, ator de Bacurau e O Agente Secreto, aos 81 anos

Morreu aos 81 anos o ator alemão Udo Kier, um dos rostos mais singulares e prolíficos do cinema internacional. A confirmação foi dada por Delbert McBride, seu companheiro, à revista Variety. Não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte.

Figura presente em produções de diversos países, Kier seguia ativo e envolvido em novos projetos. Recentemente, estava em cartaz com O Agente Secreto e, antes disso, havia participado de Bacurau, ambos dirigidos por Kleber Mendonça Filho. O cineasta chegou a publicar fotos com o ator no Recife, feitas enquanto preparava o lançamento do novo filme.

O diretor Kleber Mendonça Filho lamentou nas redes sociais a morte do amigo e parceiro de trabalho. “Udo Kier, para sempre na memória. Não existirá jamais outra pessoa e artista como Udo Kier. Que senso de humor, que bom gosto, que alegria de viver. Que sorte a nossa. Um enorme abraço para seu companheiro”, escreveu.


Com uma filmografia extensa, Kier atravessou gêneros e colaborações marcantes ao longo de mais de cinco décadas. Trabalhou com nomes centrais do cinema alemão, como Rainer Werner Fassbinder, Werner Herzog e Wim Wenders, além de integrar clássicos de diretores internacionais. Entre eles está Suspíria, de Dario Argento, e Garotos de Programa, de Gus Van Sant.

Nos anos 1970, ganhou projeção mundial ao atuar em Carne para Frankenstein e Sangue para Drácula, do americano Paul Morrissey, obras que ajudaram a consolidar sua ligação com o cinema de horror.

Uma das parcerias mais duradouras de sua carreira foi com o cineasta dinamarquês Lars von Trier. Kier participou de projetos importantes do diretor, entre eles Ondas do Destino, Dançando no Escuro, Dogville, Manderlay, Melancolia e a série O Reino, reforçando seu status de ator versátil e indispensável em elencos de peso.

'Sinto que não estamos sozinhos', diz Wagner Moura sobre torcida por 'O Agente Secreto'

Wagner Moura aposta na força da torcida brasileira para impulsionar “O Agente Secreto” rumo ao Oscar, enquanto Kleber Mendonça Filho celebra o sucesso internacional do longa. A dupla destaca a importância cultural da obra e comenta sobre democracia, elenco nordestino e o final aberto que dividiu parte do público.

Folhapress | 11:30 – 23/11/2025

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