Mesquita em Jerusalém é foco de conflito entre Israel e palestinos; entenda

A Mesquita de Al-Aqsa fica no coração da Cidade Velha de Jerusalém, em uma colina conhecida pelos judeus como Har ha-Bayit, ou Monte do Templo. Já pelos muçulmanos, o local é internacionalmente conhecido como al-Haram al-Sharif, ou Nobre Santuário.

Construída no século VIII d.C, Al-Aqsa também tem vista para o Muro das Lamentações, um local sagrado de oração para os judeus. Eles acreditam que o rei Salomão, da Bíblia, construiu o primeiro templo ali há 3 mil anos.

Por ser um local importante para duas crenças, Al-Aqsa tem sido, há muito tempo, um ponto crítico de violência mortal por questões de soberania e religião em Jerusalém.

Israel conquistou o local na Guerra do Oriente Médio de 1967 e o anexou com o restante de Jerusalém Oriental e partes adjacentes da Cisjordânia, em uma ação não reconhecida internacionalmente.

Hoje, a Jordânia, que é governada pela família real Haxemita desde 1921, é responsável pela mesquita de Al-Aqsa. A família nomeou membros da Waqf, uma instituição de caridade que fornece serviços sociais de acordo com a lei islâmica, para supervisionar o local.

Qual é a relação de Al-Aqsa com a guerra em Gaza?

De acordo com o antigo acordo de “status quo” , que Israel afirma manter, pessoas que não praticam o islamismo podem visitar Al-Aqsa, mas apenas muçulmanos têm permissão para adorar no complexo da mesquita.

Mas, visitantes judeus têm cada vez mais orado abertamente no local, desafiando as regras do acordo. Além disso, as restrições israelenses ao acesso de fiéis muçulmanos em Al-Aqsa levaram a protestos e surtos de violência.

Confrontos no local em 2021 contribuíram para o início de uma guerra de 10 dias com Gaza.

Em 2000, o político israelense Ariel Sharon, então líder da oposição, liderou um grupo de legisladores israelenses até o complexo de Al-Aqsa.

Palestinos protestaram e houve confrontos violentos que rapidamente se transformaram na segunda revolta palestina, também conhecida como Intifada de Al-Aqsa.

Recentemente, o ministro israelense de direita, Itamar Ben Gvir, causou indignação após liderar um grupo de fiéis em oração no local religioso mais sensível de Jerusalém, desafiando um acordo de décadas que proíbe judeus de orar ali.

Ben Gvir já visitou o complexo outras vezes, inclusive em comemorações anteriores do Tisha B’Av, mas nunca havia liderado uma congregação em oração no local.

O Ministério de Assuntos Religiosos da Palestina condenou rapidamente Ben Gvir, chamando-o de “extremista” e afirmando que sua atitude “desrespeita descaradamente os sentimentos dos muçulmanos em todo o mundo, não apenas na Palestina”.

Segundo o ministério, os locais sagrados islâmicos têm sido alvo de “violações diárias por grupos de colonos que operam sob proteção de um governo de direita que trabalha ativamente para tomar o controle de locais sagrados islâmicos e cristãos por meio de um plano claro e sistemático”.

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