Profissionais do mercado financeiro enxergam o domínio da IA (inteligência artificial) como um diferencial imediato para alavancar a carreira, apesar de reconhecerem o baixo preparo das instituições para incorporar a tecnologia de forma eficaz.
É o que aponta pesquisa 4U EdTech, que ouviu 99 trabalhadores de instituições financeiras, com idades entre 28 e 45 anos.
O levantamento mostra que 97% dos entrevistados atribuíram notas entre 4 e 5 (numa escala de 0 a 5) à ideia de que dominar a IA traz vantagem competitiva. A média geral foi de 4,85.
Além disso, 94,9% dos profissionais consideram a tecnologia uma oportunidade para crescimento e novas possibilidades profissionais — reforçando a percepção positiva sobre os impactos da IA no desenvolvimento individual.
O entusiasmo, no entanto, é acompanhado por certa cautela. Para 72,7% dos respondentes, a IA deve substituir parte das funções exercidas atualmente.
A expectativa, segundo o relatório, é que tarefas operacionais e repetitivas sejam automatizadas, enquanto atividades que exigem julgamento, regulação e relacionamento interpessoal sejam potencializadas e não extintas pela tecnologia.
A maior fragilidade identificada no estudo está relacionada à preparação das instituições para lidar com esse novo cenário. Apenas 43,5% dos participantes avaliam que os bancos estão prontos para adotar a IA de forma estruturada.
A média de avaliação nesse ponto foi de 3,37, sinalizando desafios ligados à governança, processos internos e capacitação das equipes.
O estudo também mediu a percepção de risco pessoal com a automação. A sensação de ameaça foi considerada moderada, com média de 3,18. Cerca de 38,4% demonstraram alto grau de apreensão quanto aos impactos da IA sobre suas funções.