Mais de um milhão de brasileiros vivem em casas sem banheiro

No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas vivem em casas sem banheiro e cerca de 2,35 milhões utilizam banheiros precários.

De acordo com o Censo de 2022, o número de brasileiros sem banheiro seguro em casa corresponde à soma de toda população dos 1.124 menores municípios do país. Uma a cada três pessoas que vivem nessas condições, são crianças entre zero a 14 anos.

Para enfrentar esse déficit, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), vinculada ao Ministério da Saúde, implementou o programa Melhorias Sanitárias Domiciliares (MSD), que apoia financeiramente a execução de módulos sanitários completos em residências de famílias em vulnerabilidade social.

O programa contempla, entre outras melhorias, banheiro completo com vaso, lavatório, chuveiro, tanque de lavar roupas e pia de cozinha, além da destinação adequada do esgoto para atendimento prioritário a municípios com até 50 mil habitantes, zona rural e comunidades tradicionais.

“Atualmente, seria o mesmo que dizer que toda a população de Vitória, Rio Branco, Boa Vista, Macapá, Porto Velho, Florianópolis e Aracaju, sete capitais brasileiras, não têm acesso a um banheiro seguro”, alerta o presidente da Fundação Nacional de Saúde, Alexandre Motta.

Já nas escolas, 439 mil pessoas estudam em locais que não têm nenhum banheiro, ou seja, 4,9 milhões de instituições educacionais não têm banheiros no país. O estudo traz dados do Censo Escolar, de 2023, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

O diretor do Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Funasa, José Antônio da Motta Ribeiro, salienta que “as piores situações de ausência de banheiros estão no Semiárido brasileiro, na calha do Rio Amazonas, em regiões de extrema pobreza, onde ainda há defecação a céu aberto”.

Alerta global

Ao todo, 3,4 bilhões de pessoas vivem sem serviços de saneamento geridos de forma segura e 354 milhões ainda praticam a defecação a céu aberto em todo o mundo.

A ONU (Organização das Nações Unidas) alertou que a falta de água potável, saneamento e higiene está relacionada à morte de cerca de 1.000 crianças menores de cinco anos todos os dias.

 

*Sob supervisão de Thiago Félix 

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