Maduro pede que EUA abandonem “mudança violenta de regime”

O líder venezuelano Nicolás Maduro pediu nesta sexta-feira (5) que os Estados Unidos abandonem o que ele descreveu como planos de “mudança violenta de regime” em seu país e em toda a América Latina, à medida que as tensões aumentam devido à mobilização militar dos EUA no Caribe.

Apesar das tensões crescentes, Maduro adotou um tom conciliador em relação ao presidente dos EUA, Donald Trump, dizendo:

“Tivemos diferenças, mas nenhuma das diferenças que tivemos e continuamos a ter poderia levar a um conflito militar de alto impacto ou violência na América do Sul e na nossa América”, disse o líder chavista.

Ele acrescentou: “A Venezuela sempre esteve disposta a dialogar, mas assim como estamos dispostos a dialogar, exigimos respeito ao nosso país, ao nosso povo”. 

Os comentários de Maduro ocorreram no momento em que os Estados Unidos encomendaram mais 10 caças furtivos para reforçar sua presença militar no Caribe.

Trump negou que a mudança de regime fosse o objetivo quando questionado por repórteres sobre as alegações de Maduro.

Ainda assim, destacou que “estamos falando sobre o fato de que [a Venezuela] teve uma eleição, que foi uma eleição muito estranha, para dizer o mínimo. Estou sendo muito gentil quando digo isso”.

Ele também citou novamente os “bilhões de dólares em drogas” que estão “entrando em nosso país a partir da Venezuela”, ressaltando que o país latino tem “agido muito mal”.

A crescente retórica segue a demonstração de Trump de sua nova abordagem à guerra às drogas com um ataque militar americano na terça-feira (2), que matou 11 pessoas e afundou um barco venezuelano supostamente transportando narcóticos.

Fontes relataram à CNN que o governo Trump está agora avaliando opções para novos ataques, potencialmente visando supostas operações de cartéis de drogas dentro da Venezuela.

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