O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, disse ter mantido uma longa conversa telefônica em russo com seu homólogo russo, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (11), de acordo com a televisão estatal.
Segundo Maduro, Putin expressou apoio inabalável ao seu governo e aos esforços da Venezuela para defender sua soberania e a paz regional.
O líder chavista disse a seus apoiadores em uma comunidade de Caracas que Putin elogiou o que chamou de coragem do povo venezuelano e destacou 19 novos acordos de cooperação assinados em 27 de novembro em áreas como ciência, tecnologia, saúde, agricultura, indústria e energia.
Ele afirmou que os dois líderes confirmaram os planos de realizar a 20ª sessão da comissão intergovernamental de alto nível Rússia-Venezuela em Caracas, em 2026, para marcar os 20 anos da comissão mista.
No mesmo evento, Maduro instou a população dos Estados Unidos a “amarrarem as mãos” do que descreveu como setores extremistas, supremacistas e belicistas que, segundo ele, queriam arrastar a juventude americana para uma nova guerra sem fim na América do Sul.
As declarações surgem após Washington intensificar a pressão sobre Caracas com novas sanções contra empresas de transporte marítimo, petroleiros e parentes da esposa de Maduro por vínculos com exportações de petróleo sancionadas e acusação de corrupção.
Na última quarta-feira (10), os EUA apreenderam um navio-petroleiro chamado “Skipper” na costa da Venezuela.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que o petroleiro foi sancionado “devido ao seu envolvimento em uma rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”, incluindo a Venezuela e o Irã..
Uma fonte americana ressaltou que a apreensão ocorreu em águas internacionais e transcorreu sem incidentes ou baixas, tanto entre os agentes dos EUA quanto entre a tripulação do petroleiro.
O caso marca uma escalada na tensão entre os dois países, colocando outros navios do tipo em risco na região.