Macron: França se opõe à pressão da UE para aprovar acordo com Mercosul

A França vai se opor fortemente a qualquer tentativa da União Europeia de forçar a aprovação de um acordo comercial com o Mercosul, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma reunião de gabinete nesta quarta-feira (17), segundo relatou um porta-voz do governo da França a repórteres.

Também em linha com a oposição, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que não está pronta para apoiar um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, o que abalou as esperanças de finalização do acordo nos próximos dias.

Os parlamentares da UE apoiaram, na terça-feira (16), controles mais rígidos sobre as importações de produtos agrícolas no âmbito do acordo proposto.

Alemanha, Espanha e os países nórdicos afirmam que o acordo ajudará as exportações atingidas pelas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e reduzirá a dependência em relação à China, fornecendo acesso a minerais.

Havia a expectativa de que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viajasse para o Brasil no final desta semana para assinar o acordo, alcançado há um ano após 25 anos de negociações com o bloco formado por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Em entrevista ao CNN Money, o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, defendeu que os países sul-americanos adotem reciprocidade, caso o acordo Mercosul-UE entre em vigor e a salvaguarda adotada pelos europeus impeça o livre comércio entre os blocos.

“[Efeitos da salvagarda dependem] da real adoção e respeito ao livre comércio por parte do bloco, sem práticas protecionistas. De outra forma, esperamos que o governo brasileiro, em linha e conjuntamente com os governos das nações do Mercosul, adotem salvaguardas e postura equivalentes, em reciprocidade”, disse.

*Com informações da Reuters

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