Líderes partidários atribuem à atuação e articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o avanço da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O governador de São Paulo tem atuado nos bastidores para destravar a matéria na Câmara. Em reunião de líderes nesta terça-feira (2), o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), teria indicado haver maioria para pautar o tema no plenário.
Como mostrou a CNN na segunda-feira (1º), Tarcísio telefonou ao presidente da Câmara para discutir a possibilidade de se levar adiante o projeto. Segundo o líder do PL (Partido Liberal) na Câmara, Sóstenes Cavalcante, as articulações tomaram o fim de semana do governador.
A oposição vê, assim, crescer a possibilidade de aprovar anistia a Jair Bolsonaro ao término do julgamento do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal). Lideranças partidárias de oposição querem aproveitar a “janela de oportunidade” aberta por uma eventual condenação e garantir que a matéria seja aprovada.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que há uma crescente movimentação na Casa para a votação de uma anistia. Ele também vê a atuação de Tarcísio como um dos fatores que contribuíram para o avanço da matéria.
“A gente acha um grave erro qualquer discussão para pautar a anistia. Existe essa discussão, cresceu esse movimento com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas [em Brasília], de colocar em discussão a anistia para depois do julgamento [no STF]. Isso é um equívoco completo”, declarou.