Justiça: Redes não podem permitir “influencers mirins” sem autorização

O Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) obteve liminar que proíbe plataformas digitais de aceitarem conteúdos com participação de crianças e adolescentes em atividades artísticas sem alvará judicial. A decisão vale até o julgamento final da ação.

Na decisão, a juíza Juliana Petenate Salles destacou que expor menores na internet para fins de lucro, sem a devida avaliação judicial, “gera riscos sérios e imediatos” e pode causar danos irreversíveis.

A ação civil pública, ajuizada pelo MPT na última segunda-feira (25), tem como alvo o Facebook e o Instagram.

O órgão pede a condenação das empresas ao pagamento de R$ 50 milhões em danos morais coletivos e a adoção de medidas para coibir o trabalho infantil artístico irregular, como a criação de filtros que identifiquem conteúdos sem alvará e a inclusão de regras específicas em suas políticas de uso.

Segundo o MPT, a iniciativa não busca impedir a participação de crianças em produções artísticas, mas garantir que isso ocorra dentro dos limites legais. O órgão afirma que as plataformas lucram com a monetização de influenciadores mirins, mas não adotam medidas de prevenção adequadas.

Em caso de descumprimento da decisão, a multa prevista é de R$ 50 mil por dia.

A CNN procurou a Meta e aguarda retorno sobre a decisão.

*Sob supervisão de AR.

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