O julgamento do médico Luiz Antonio Garnica e de sua mãe, Elizabete Arrabaça, acusados do homicídio triplamente qualificado da professora Larissa Rodrigues, de 37 anos, em Ribeirão Preto (SP), começou nesta terça-feira (9) com a audiência de instrução processual.
A audiência, que inicia os trabalhos do judiciário neste caso, começou às 9h40 no formato híbrido, sendo uma etapa fundamental onde testemunhas são inquiridas, algumas presencialmente e outras virtualmente, e os réus acompanharão o procedimento virtualmente, dos presídios onde se encontram.
Esta fase visa a produção de provas e esclarecimento dos fatos para o juiz, sendo crucial para a formação da convicção judicial.
Entenda o caso
Larissa Rodrigues foi encontrada morta em março deste ano em seu apartamento. O laudo toxicológico revelou a presença de “chumbinho” como causa da morte, um veneno de venda proibida. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Luiz Antonio Garnica, marido da vítima, e sua mãe, Elizabete Arrabaça, por homicídio triplamente qualificado, com Luiz também respondendo por fraude processual.
A motivação do crime seria questões patrimoniais, após Larissa descobrir que o marido tinha uma amante e desejar o divórcio. As investigações indicam que Luiz arquitetou o crime, e Elizabete o executou, oferecendo alimentos contaminados à nora.
Após a morte, Luiz teria movimentado a conta bancária da vítima, realizando transações com seu cartão e aplicativo, e tentou limpar a cena do crime para ocultar provas. Testemunhas também relataram que Elizabete procurou “chumbinho” dias antes da morte de Larissa.
Além do caso de Larissa, Elizabete Arrabaça é investigada pela morte de sua filha, Nathália Garnica, ocorrida em fevereiro, que também teria sido por envenenamento com “chumbinho”.
A exumação da cachorra Babi, que morreu semanas antes de Larissa, também foi solicitada para verificar se houve envenenamento do animal.