Jader: Nosso objetivo é dar segurança às famílias da Favela do Moinho

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou em entrevista à CNN Brasil que a disputa política em torno do projeto na Favela do Moinho, em São Paulo, que pode ser apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vitrine de gestão, não deve ocorrer neste momento.

Segundo o ministro, “o objetivo que deve ser feito agora, de todos nós, é dar segurança às famílias da Favela do Moinho para que elas tenham o direito de ter um lar onde possam cuidar das suas famílias com segurança”.

“Essa disputa deve acontecer na eleição”, prosseguiu Jader, em entrevista concedida ao CNN 360º, na tarde desta quinta-feira (18).

Segundo Jader Filho, parte das famílias já assinou contratos e está em busca dos imóveis, enquanto outras já foram contempladas por meio do modelo de compra assistida.

De acordo com o ministro, a iniciativa segue o mesmo formato adotado no Rio Grande do Sul, onde “mais de 9.000 famílias já receberam as chaves de suas casas”, afirmou. A expectativa é que o mesmo modelo beneficie cerca de 900 famílias da Favela do Moinho.

O ministro explicou que todas as famílias que se enquadrarem na faixa dois do programa, com renda de até R$ 4.400, terão direito à casa própria. “O governo federal entra com R$ 180 mil por unidade habitacional, enquanto o governo de São Paulo contribui com R$ 70 mil”, informou Jader Filho.

Favela do Moinho

A comunidade na região central da capital paulista é alvo de um embate entre o governo federal e o governo estadual após ser apontada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) como uma área estratégica para o crime organizado, descrita como “fonte de abastecimento de drogas e centro de comando” do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Desde que o governo de São Paulo anunciou a remoção dos moradores para a criação de um parque no local, a área passou a registrar confrontos protagonizados entre os habitantes e policiais.

No início deste ano, em abril, o governo paulista acusou a União de criar entraves burocráticos e de não colaborar com uma solução conjunta, ao mesmo tempo em que iniciou a retirada das famílias.

Em maio, os dois governos firmaram um acordo para tentar pacificar o impasse e definir responsabilidades sobre a desocupação e o reassentamento das famílias.

*Sob supervisão de Douglas Porto

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